Pular para o conteúdo principal

Novo presidente do Senado já defendeu enfrentamento contra Moro

Em grampo da Operação Lava Jato, petista Jorge Viana disse que Lula deveria transformar 'ação jurídica' em 'ação política'

Alçado à presidência do Senado após a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros do posto, tomada nesta segunda-feira, o senador Jorge Viana (PT-AC) já defendeu um “enfrentamento” contra o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba. Nos grampos telefônicos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pessoas próximas dele no contexto da Operação Aletheia, em que Lula foi conduzido coercitivamente a depor, Viana sugeriu ao advogado do petista, Roberto Teixeira, sobre subir o tom contra Moro e a força-tarefa da Lava Jato.
A certa altura da conversa, Viana disse a Teixeira que aquele momento se apresentava como uma boa oportunidade para o ex-presidente Lula “pôr fim a essa perseguição, essa caçada” e sugeriu a convocação de uma entrevista coletiva na qual Lula denunciaria que os investigadores estavam agindo fora da lei. “Quem age fora da lei é bandido”, completou.
Segundo a teoria do senador, que é irmão do governador do Acre, Tião Viana (PT), Moro “se desmoralizaria” diante da opinião pública caso não prendesse Lula depois de ser desafiado publicamente; caso determinasse a prisão do petista, faria dele um “preso político” e então o PT faria “esse país virar de cabeça para baixo”.
Teixeira, que pouco falou diante de um exasperado Jorge Viana, ainda ouviu o senador petista sugerir uma greve de fome do ex-presidente e falar em “insubordinação judicial”. E sugeriu a Lula o seguinte discurso: “Não aceito mais ser investigado por esse bando que está agindo fora da lei e querendo alcançar minha família, minha mulher, meus filhos e meus netos. Não aceito mais. Me prendam”. E terminou afirmando que “se prenderem ele, vão torná-lo um preso político”.
A conclusão do atual presidente do Senado após sete minutos de diálogo com Roberto Teixeira foi a de que “o presidente Lula precisa transformar esse confronto numa ação política”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p