Ministro da Fazenda argentino deixa o governo
Segundo chefe de Gabinete, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, convidou o ministro Alfonso Prat-Gay a renunciar. Pasta será dividida em duas
O chefe de Gabinete afirmou que o presidente argentino, Mauricio Macri, pediu a renúncia de Prat-Gay. “É uma questão de diferenças políticas. Não é interna, mas uma visão de como organizar o trabalho dentro do gabinete”, afirmou Peña. O porta-voz não entrou no mérito sobre versões segundo as quais existiriam diferenças sobre a política econômica entre o agora ex-ministro e o presidente. O chefe de Gabinete disse que Macri e Prat-Gay estavam reunidos no Sul da Argentina, onde o presidente passa uns dias de férias.
Prat-Gay assumiu o posto de ministro em 10 de dezembro de 2015 e tem sido questionado por não conseguir uma reação da economia nem o controle da inflação, que estaria em cerca de 40% ao ano no país em 2016. Durante sua gestão, a Argentina acabou com a regra que restringia a aquisição de dólares e liberou o câmbio. O ministro havia conseguido algumas vitórias no começo de sua gestão, como quando conseguiu negociar a dívida milionária com credores de bônus internacionais que impedia a chegada de investimentos.
No entanto, em sua gestão, Prat-Gay manteve opiniões divergentes do presidente do Banco Central da Argentina, Federico Sturzenegger, em relação à taxa básica de juros, definida pelo rendimento das Letras do Banco Central (Lebac). Ambos pareciam ter visões distintas sobre o “ritmo” para baixar as taxas, de acordo com o jornal argentino La Nación. Prat-Gay não participou das negociações sobre as mudanças no Imposto de Renda, com empresários e integrantes de sindicatos, nas últimas semanas, o que fez com que os rumores sobre seu afastamento do governo se intensificassem.
Novos ministros
Peña disse que Dujovne integrou a equipe técnica da campanha para as eleições presidenciais de 2015 e também a Fundación Pensar, de onde vem vários quadros técnicos do governo. Caputo, por sua vez, foi descrito como “uma pessoa idônea para o desafio produtivo do país”, bem como para o financiamento sustentável e a melhora do sistema financeiro.O chefe de Gabinete apontou que o déficit fiscal ainda é uma das grandes questões pendentes da economia argentina. No orçamento de 2017 está estimado um déficit de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Após a recessão sofrida em 2016, o governo espera crescimento de 3,5% no próximo ano.
“Há um grande consenso de que vamos ter um 2017 muito bom, com melhora de salário, baixa na inflação e aumento das obras públicas”, afirmou o chefe de gabinete.
(Com Estadão Conteúdo)
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