Foto: Reprodução
Adélio Bispo
Pressão de Bolsonaro sobre caso Adélio será primeiro problema para novo diretor da PF
BRASIL
Os próximos ministro da Justiça e diretor-geral da Polícia Federal terão um grande obstáculo se forem atender a pedido de Jair Bolsonaro. Na sexta (24), ele insinuou ter faltado empenho de Sergio Moro e Maurício Valeixo na resolução do caso da facada de Adélio Bispo. O presidente cobra que a PF descubra um mandante. Mas entre policiais há consenso de que a investigação foi intensa, com o maior número de diligências feitas nos últimos tempos, e nada nesse sentido foi encontrado.
A investigação, comandada pelo delegado da PF Rodrigo Morais, foi apelidada internamente de “mini Lava Jato”, por seu detalhismo e extensão. A vida de Adélio foi virada do avesso: perfis na internet, movimentações financeiras, e nada indicou a existência de mandante.
O inquérito tem mais de mil páginas, e é tocado por um dos melhores do Brasil”, diz Rodrigo Teixeira, superintendente da PF em Minas Gerais até o começo de 2019, e diretor da Associação Nacional dos Delegados de PF de MG.
A única esperança de evolução no inquérito não está nas mãos da PF. O STF ainda precisa decidir se autoriza análises no celular do ex-advogado de Adélio, Zanone Júnior.
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