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Jornal coreano diz que um dos seguranças de Kim Jong-un foi infectado pelo coronavírus

O ditador Kim Jong-un Foto: AFP
Extra, com agências internacionais

O jornal Korea Joongang Daily, da Coreia do Sul, afirmou que um dos seguranças do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, teria se infectado com o vírus e que, por isso, o líder norte-coreano ficou ainda com mais receio de contrair a doença. A publicação cita uma fonte chinesa ligada à Coreia do Norte. O medo de contrair a doença pode ser o motivo para que Kim não apareça em público e tenha faltado à cerimônia que marcou o aniversário do fundador do país e seu avô, Kim Il-sung — a data a mais importante do calendário político norte-coreano. Desde a última semana, o estado de saúde do líder asiático tem sido alvo de rumores devido a sua ausência.
O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Kim Yeon-chul, que supervisiona o relacionamento com o país vizinho, disse que é plausível que Kim tenha decidido não comparecer ao evento por causa do novo coronavírus, seguindo as medidas rigorosas que adotou para evitar um surto da Covid-19.
Extra Digital
— É verdade que ele nunca perdeu a cerimônia de aniversário de Kim Il-sung desde que assumiu o poder, mas muitos eventos, incluindo celebrações e banquetes, foram cancelados devido a preocupações com coronavírus — disse o ministro em uma audiência parlamentar. — Eu não acho isso incomum dada a atual situação.
Apesar das preocupações, oficialmente a Coreia do Norte afirma que não registrou nenhum caso de Covid-19 no país. De acordo com o ministro Yeon-chul, houve pelo menos dois momentos desde meados de janeiro em que Kim ficou sem ser visto por quase 20 dias. A última vez que a imprensa oficial da Coreia do Norte noticiou sobre o paradeiro de seu líder foi quando ele presidiu uma reunião em 11 de abril. Enquanto isso, o governo norte-coreano divulga relatos quase diários dele enviando cartas e mensagens a outros líderes mundiais.
O Daily NK, um site de Seul e que é administrado por desertores da Coreia do Norte, informou no início da semana passada que Kim estava se recuperando após um procedimento cardiovascular, que teria sido realizado em 12 de abril. O site citou uma fonte não identificada no território norte-coreano. O canal americano CNN havia informado que o líder estava em estado grave após a cirurgia e creditou a informação a relatórios da Inteligência dos Estados Unidos.
Sob o comando de Kim Jong-un, a Coreia do Norte expandiu seu arsenal de armas nucleares e mísseis balísticos de longo alcance. Sem sucessores óbvios, qualquer mudança na liderança do país levantaria preocupações sobre uma instabilidade que poderia afetar outras nações do Norte da Ásia e os Estados Unidos.
Relatos de dentro da Coreia do Norte são notoriamente difíceis de checar, especialmente em questões relacionadas à liderança do país, devido a um rígido controle das informações. Kim já desapareceu da mídia de maneira semelhante em outra ocasião: em 2014, ele ficou mais de um mês fora dos holofotes, ressurgindo em imagens de vídeo que o mostravam mancando.

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