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/Estadão
Augusto Aras20 de abril de 2020 | 06:39

‘É preciso estar atentos para os extremos que enfraquecem a democracia’, diz Aras sobre atos

BRASIL
O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou na noite deste domingo (19) sobre os atos pró-intervenção militar registrados pelo país e reiterou discurso feito na sexta (17) no qual disse que o Ministério Público deve velar “pela ordem jurídica que sustenta o regime democrático, nos termos da Constituição”.
A fala de Aras ocorreu durante a posse da nova direção do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).
Na ocasião, o procurador diz que a democracia ganha “pujança” com a participação dos membros do Ministério Público e de cada cidadão, mas que “é preciso estar atentos neste momento para as polarizações, os extremos, internos e externos, que enfraquecem a nossa democracia participativa”.
“E para isso fica o meu convite à tolerância, à solidariedade e à responsabilidade sociais, mormente neste período em que a epidemia tem dizimado milhares de pessoas”, disse Aras na sexta, reiterando a fala neste domingo.
O procurador se manifestou sobre atos registrados pelo país que pediram intervenção militar e fechamento do Congresso.
Aras não comentou, porém, a participação de Bolsonaro em um desses protestos ocorrido em Brasília, neste domingo (19).
Na sexta, Aras disse que o Ministério Público “há de estar atento em defesa da nossa democracia para que se preservem as instituições do Estado brasileiro, pela força normativa da Constituição”.
“Precisamos estar atentos para que uma calamidade pública não evolua para modelo de estado de defesa ou de sítio, porque a história revela que nesses momentos podem surgir oportunistas em busca de locupletamento a partir da miséria e da perda da paz que podem resultar em graves comoções sociais”, afirmou Aras na solenidade.

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