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Plenário do STF

PDT entra com mandado de segurança no STF para impedir posse de Ramagem na PF

BRASIL
O PDT impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para tentar impedir a posse de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. Uma das alegações que sustentam o mandado de segurança é a declaração do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que o presidente da República Jair Bolsonaro pretende interferir politicamente na PF, aliada ao fato de que Ramagem tem ligações pessoais com o clã Bolsonaro.
Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal, entrou para o rol auxiliares de confiança do Planalto com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ao filho do presidente, é atribuída a nomeação de Ramagem para a Abin, em julho do ano passado.
A aproximação entre Carlos e Ramagem, delegado da PF desde 2005, ocorreu durante a campanha eleitoral, em 2018. Na época, o policial assumiu a coordenação da segurança de Bolsonaro após a facada sofrida pelo então candidato em Juiz de Fora (MG). Como chefe da Abin, Ramagem passou a frequentar o gabinete presidencial com frequência.
‘A serviço da família’
Pelo Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou que “deu entrada na ação popular para anular a escolha”. “O processo está na 13ª Vara de Justiça Federal do DF”, explicou o parlamentar. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 28. “Não permitiremos que o presidente transforme a PF numa polícia política a serviço da família”, completou Freixo.
O líder do Cidadania na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (SP), defendeu que Ramagem exerça uma espécie de “distanciamento social” do presidente Bolsonaro.
“Depois de passarem por uma espécie de quarentena juntos, é essencial que Bolsonaro e Ramagem, a partir deste instante, pratiquem o distanciamento social um do outro, para o bom andamento dos trabalhos daquela que é considerada uma das instituições de maior credibilidade do Brasil. A PF é autônoma, independente e jamais admite interferências políticas”, disse Jardim, em nota.
A respeito da nomeação de André Mendonça para o Ministério da Justiça, o líder do Cidadania disse esperar que a pasta continue praticando sua política de tolerância zero contra o crime organizado e servindo sempre aos interesses da coletividade.

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