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Rentabilidade de títulos públicos de longo prazo ganha fôlego

Foto: Fábio Motta/Estadão
Com o corte da Selic para 5,5% ao ano, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana passada, os pequenos investidores já começam a temer a queda de rentabilidade de títulos atrelados à taxa de juros básica da economia brasileira. O cenário, porém, não é tão ruim para os títulos públicos prefixados de médio e longo prazos, que já registraram crescimento nos ganhos após a nova baixa da Selic. As informações são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que tem índices de acompanhamento para esse tipo de papel.
Os indicadores levam em conta a negociação de títulos no mercado secundário, ou seja, quando uma pessoa física vende seu título para outra. O índice IMA-B5+, formado por papéis de prazo superior a cinco anos, como o Tesouro Prefixado 2025, registrou alta de 1,54% até o meio-dia da última quinta-feira, dia seguinte ao anúncio do Copom. A variação do índice na manhã anterior ao anúncio foi bem mais modesta: ficou em 0,3%.
Os títulos prefixados com até cinco anos para resgate também tiveram ganhos. O IMA-B5, que acompanha o Tesouro Prefixado 2022, teve retorno de 0,59% após a queda da Selic, ante 0,07% do dia anterior.
De acordo com o professor de finanças do Insper Ricardo Rocha, a tendência é que os prefixados se valorizem. Como o rendimento do título é estabelecido no momento de compra do papel, o investidor fica sujeito a variações do mercado caso queira vendê-lo antes do prazo previsto. Na situação atual, a venda é bom negócio porque quem busca um título pode preferir comprar o mesmo papel no mercado secundário, emitido anteriormente e com rentabilidades mais altas. “Se você tem um título prefixado a 6,5% e a taxa caiu a 5,5%, esse 1 ponto porcentual de diferença faz com que seu título seja mais atraente aos olhos do mercado. Se você for vender seu papel, ele vale mais”, explica.
A professora da Fundação Getulio Vargas Myrian Lund diz que a diferença de preços vem da expectativa do mercado, que estima em quanto estarão as taxas no prazo de vencimento de cada papel. Esse valor varia de acordo com os fundos DI futuros, índice que serve de referência para os juros de empréstimos entre bancos. Segundo Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da Anbima, a negociação dos papéis pode ter levado em conta não apenas o corte do Copom, mas também o que os investidores esperam para os próximos meses. “O mercado vem trabalhando com taxas de juros ainda menores”, explica. Analistas do mercado já estimam que taxa Selic pode fechar 2019 a 4,75% ao ano.
Estadão Conteúdo

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