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A oposição na Venezuela é pior do que Bolsonaro, afirma Maduro

Foto: Divulgação
A entrevista exclusiva da Folha com Nicolás Maduro estava marcada para as 17h de quinta-feira (12).  Um dia antes, no entanto, a OEA (Organização dos Estados Americanos) havia decidido convocar uma reunião para estudar a ativação de um tratado que pode levar à intervenção militar no país. A agenda do ditador caiu —uma marcha foi convocada, e ele partiu para discursar para a multidão de chavistas que se reuniu numa praça de Caracas, a capital do país.
“No more Trump”, ou não mais Donald Trump, presidente dos EUA, é o grito de ordem dos protestos, espalhado também por cartazes pela cidade. Maduro vive dias frenéticos. Na sexta (13), voltou a participar de várias atividades.A entrevista foi encaixada em sua nova agenda. A jornalista e a fotógrafa Marlene Bergamo tiveram que esperar seis horas em um prédio público até que ele participasse de mais um ato filmado por sua equipe e transmitido pelos canais oficiais.
À frente do governo venezuelano desde 2013, Maduro comanda o país em seu pior momento econômico. O preço do petróleo despencou. O desemprego e a pobreza aumentaram, a inflação explodiu. Faltam água e luz em Caracas. O governo contém a degradação social com a distribuição de cestas básicas. A oposição ganhou impulso, com o apoio desabrido de Trump e do governo brasileiro.
Maduro passou a ser definido como ditador também por personagens da esquerda, como José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai. Maduro bate de volta. Diz que Bolsonaro elogia o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, “o Hitler sul-americano”. Quem diz que a Venezuela é ditadura é “um estúpido”, afirma ele. Até mesmo Mujica.  ​E diz que “mentes loucas” querem criar pretexto para intervir na Venezuela. Nega perseguir a oposição e diz estar preparado para a guerra.
Folha de S.Paulo

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