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A dor de cabeça de Bolsonaro

Tem uma pedra no meio do caminho

Nem o candidato do PT, que só será conhecido em cima da hora, mas que poderá partir de um patamar de intenção de votos na casa dos 20%. Nem o candidato do PSDB, talvez – quem sabe? – João Doria, governador de São Paulo, que atrairia o apoio de siglas do Centrão, tais como o DEM, o PSD e outras menos votadas.
Tampouco o apresentador de televisão Luciano Huck, que mais uma vez poderá ficar onde está para não perder a montanha de dinheiro que ganha e não ter que enfrentar o desconhecido. Sérgio Moro seria um pesadelo indesejável, mas ele se verá tentado a aceitar a indicação para ministro do Supremo Tribunal Federal.
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Por ora, o que mais incomoda e mete medo em Jair Bolsonaro é ter que disputar a reeleição tendo como um dos seus competidores o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). O Rio é a principal base eleitoral dos dois. E Witzel, mais do que os outros, está sabendo se apropriar do discurso que rendeu muitos votos a Bolsonaro.
A guerra contra bandidos fez parte do tripé do discurso bolsonarista junto com o combate à corrupção e o antagonismo ao PT. Eleito, Bolsonaro limitou a guerra contra bandidos à maior facilidade para a compra e ao porte de armas. O resto ficou por conta do pacote anticrime de Moro, desfigurado no Congresso.
Witzel, não. Fez da guerra contra o crime organizado a principal vitrine do seu governo. Deu liberdade à polícia para atirar na cabecinha de quem seja visto armado com um fuzil ou mesmo desarmado. E se isso horroriza parte dos cariocas, parece ser à menor parte deles. É nisso que aposta o governador.
Se Bolsonaro pode alardear que nenhum caso de corrupção abalou seu governo até agora, Witzel também pode. Mas com uma diferença em desfavor de Bolsonaro: o presidente tem enfraquecido a luta contra a corrupção desde que sua família começou a ser investigada por mal uso de dinheiro público.
No mais, como ex-juiz, Witzel exerce forte influência junto ao Ministério Público do seu Estado. Bolsonaro desconfia que ele esteja por trás do empenho dos procuradores em investigar os rolos de sua família. Essa seria uma das vantagens que Witzel não abrirá mão em explorar no momento devido.
Quanto ao antagonismo ao PT, Bolsonaro continua em melhor situação do que Witzel, que tenta parecer menos extremista do que ele. Mas isso poderá se converter em uma vantagem para o governador se os eleitores em 2002 preferirem um candidato mais ao centro e menos radical do que Bolsonaro.

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