Pular para o conteúdo principal

Perdas do BNDES com grupo Odebrecht podem chegar a R$ 14,6 bi

Segundo a estatal, o potencial de prejuízo é de 2,2 bilhões de reais só em participação acionária em companhias do grupo

As perdas passadas ou potenciais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com operações envolvendo o grupo Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato e que está em recuperação judicial, totalizam 14,6 bilhões de reais, em valores convertidos, segundo comunicado do banco de fomento em seu site nesta segunda-feira, 30. A construtora tem dívidas de aproximadamente 80 bilhões de reais.
Desse total, 8,7 bilhões de reais consideram perda potencial (máxima), atualizada até maio, com as empresas em recuperação judicial do grupo Odebrecht. O banco deve perder outros 2,2 bilhões de reais com participação em companhias do grupo. Por exemplo: Atvos, braço de açúcar e álcool da holding, que entrou com o pedido no fim de maio, deve custar 800 milhões de reais ao BNDES e a OTP, do ramo de transportes, na qual ainda detém participação, 1,4 bilhão de reais.
PUBLICIDADE
Além disso, 3,7 bilhões de reais estão relacionados a perdas da União em créditos no financiamento à exportação. O valor, no entanto, é debitado do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), que indeniza o BNDES por todos os inadimplementos promovidos por países importadores.
Para a União, o custo em operações de crédito com a Odebrecht somou, em valores atualizados, 646,7 milhões de reais no período entre 2003 e 2018. O cálculo é feito com base na diferença do juro cobrado do grupo pelo BNDES e a taxa básica Selic no momento dos desembolsos.
Em meados do mês passado, o BNDES informou que a Odebrecht respondeu por 76% do total de desembolsos no período que atuaram juntos – no período entre 2003 e 2018. As modalidades de apoio ao grupo foram oferta de crédito, financiamento especifico à exportação e aquisição de participações acionárias. No total, o BNDES desembolsou a empresas do grupo 32,9 bilhões de dólares em valores históricos, ou 51,3 bilhões de dólares em valores atualizados pelo IPCA até setembro.
(Com Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular