Pular para o conteúdo principal

Doria critica política de segurar preços da Petrobras: ‘Alternativa é privatizar’

Em viagem oficial no Japão, governador de São Paulo também defendeu o diálogo com o PSL na Alesp

governador de São Paulo, João Doria, criticou nesta terça-feira, em Tóquio, a decisão do governo federal de segurar o preço dos combustíveis. “Não entendo que seja uma boa política determinar preços por fatores ou por vontades políticas. Na minha visão, a melhor alternativa seria privatizar a Petrobras”, disse o governador, que está em viagem oficial ao Japão.
Após os ataques com drones a refinarias na Arábia Saudita, os preços do petróleo dispararam no mercado global chegando a quase 20% – o maior aumento desde a Guerra do Golfo, em 1991. Mesmo assim, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, decidiu não ajustar os valores de acordo com parâmetros internacionais. “Conversei com o presidente da Petrobras e ele disse que, como é algo atípico e tem fim para acabar, ele não deve mexer no preço do combustível”, disse Bolsonaro, em entrevista à TV Record, nesta segunda-feira.
PUBLICIDADE
O governador de São Paulo afirmou que, se a Petrobras tivesse sido vendida para iniciativa privada, “problemas como esse seriam evitados”. “O melhor seria a competividade”, acrescentou.

A principal agenda do dia foi uma reunião entre Doria e a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.  Segundo o tucano, além de falar sobre as Olimpíadas de 2020, a governadora japonesa demonstrou preocupação com o desmatamento e as queimadas na Amazônia. Doria, no entanto, afirmou que tentou reverter a percepção dela e de outros investidores estrangeiros, frisando que o governo brasileiro tem se esforçado para enfrentar esse problema. Ele ressaltou o papel dos estados amazônicos “na busca por cooperação internacional”, depois que ela foi desdenhada pelo presidente Jair Bolsonaro em relação ao Fundo Amazônia, mantido pela Noruéga e Alemanha.
Doria também comentou sobre o desembarque do PSL da base do governo de Wilson Witzel no Rio de Janeiro. Ele frisou que não é um “crítico sistemático” do governo Bolsonaro, “apenas nas colocações que considera inadequadas”, e disse não temer o mesmo movimento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
“Sistematicamente, ao longo desses oito meses, não tivemos nenhuma derrota [na Alesp]. Todos os projetos do governo de São Paulo foram aprovados, e todos eles com votos do PSL. Temos uma boa relação, e pretendemos manter, com diálogo e respeito”, disse o governador.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.