Bolsonaro diz que sofre 'sabotagens' no governo e 'muita pressão': 'Já chorei pra caramba'
Em entrevista à revista Veja, presidente diz que vê o comando do país como uma 'missão' e afirma não ter compaixão por Lula
O Globo
31/05/2019 - 07:50 / Atualizado em 31/05/2019 - 08:54
O presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa após sair de uma visita ao Ministério da Marinha Foto: Jorge William 29-05-2019 / Agência O Globo
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RIO — O presidente Jair Bolsonaro denunciou que sofre"sabotagens" no governo, com ministérios aparelhados e políticos inexperientes que esperavam dele resolver problemas "no peito e na raça". Em entrevista à revista Veja, publicada na manhã desta sexta-feira, o presidente criticou a influência da esquerda sobre o Ministério da Educação e até o da Defesa.
— É uma luta de poder. Há sabotagens às vezes de onde você nem imagina. No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda... Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo é no Ministério da Educação — disse o presidente.
Bolsonaro disse não ser contra os estudos nas escolas e universidades sobre Che Guevara, o guerrilheiro líder da Revolução Cubana, contanto que também se fale aos estudantes sobre o coronel Brilhante Ustra (apontado como torturador durante a ditadura militar). Ele reconheceu, porém, que errou ao nomear Ricardo Vélez para a Educação, sob indicação do guru Olavo de Carvalho.
Na visão do presidente, falta "patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil". Contou que sente uma pressão "muito grande" no cargo, sob as acusações de não ter governabilidade. "Mas o que é governabilidade?", questionou. Para Bolsonaro, a maioria dos parlamentares já entendeu a mudança de como se faz política em sua gestão.
— Já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também. Angústia, né? Tá faltando o mínimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil — relatou. — Imaginava que ia ser difícil, mas não tão difícil assim. Essa cadeira aqui é como se fosse criptonita para o Super-Homem. Mas é uma missão.
Bolsonaro se reúne com os presidentes do Senado, Câmara e STF para propor um pacto pela desenvolvimento do país Foto: HANDOUT / REUTERSBolsonaro é homenageado no dia 16 de maio, em Dallas, EUA, com o título de Persnalidade do Ano concedido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA Foto: Marcos Corrêa / Presidência da RepúblicaNo dia 15 de maio, população foi às ruas de todo o país para protestar contra o corte de verbas na educação. Esta foi a primeira grande manifestação popular contra medidas do governo Bolsonaro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O GloboEm Dallas, nos EUA, para receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Bolsonaro chamou os manifestantes de 'idiotas úteis'. 15/05/2019 Foto: Marcos Corrêa / Presidência da RepúblicaO presidente assina decreto que flexibiliza as regras para posse e porte de armas 07/05/2019 Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
Bolsonaro assina, em 25 de abril, o decreto que revoga o horário de verão no Brasil Foto: Marcos Corrêa / Presidência da RepúblicaEm 9 de abril, Bolsonaro empossa o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: Jorge William / Agência O GloboDurante os cem primeiros dias de governo, o presidente não deixou de fazer transmissões ao vivo pelas redes sociais, como na campanha eleitoral. Ele instituiu quinta-feira, como o dia para falar com os eleitores, sempre às 19h Foto: ReproduçãoEm 8 de abril, Bolsonaro oficializou a demissão do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. Segundo o próprio presidente, Vélez "não estava dando certo" à frente da pasta, que ficou paralisada por conta de uma onda de demissões. O ex-ministro foi substituído pelo economista Abraham Weintraub Foto: Valter CampanatoApós uma série de atritos com o presidente da Câmara, o presidente se reuniu pela primeira vez com presidentes de partidos no Palácio do Planalto, entre eles os presidentes do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e o presidente do PSDB e candidato derrotado à Presidência, Geraldo Alckmin Foto: Marcos Correa / Divulgação Presidência
Em 30 de março, Bolsonaro viajou para Israel, onde quebrou o protocolo e visitou o Muro das Lamentações, onde reza com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu Foto: POOL / REUTERSNo fim de março, após determinar que as Forças Armadas comemorassem o golpe militar de 1964, que completou 55 anos, Bolsonaro voltou atrás e disse que a ordem foi para "rememorar" e "rever o que está certo e o que está errado" no período. A declaração gerou protestos, notas de repúdios de instituições brasileiras e também de um dos relatores especiais da ONU Foto: Ailton de Freitas / Agência O GloboBolsonaro e o presidente da Câmara voltaram a trocar farpas, o que causou incerteza sobre votação da Reforma da Previdência. Bolsonaro afirmou que Maia estava "um pouco abalado com questões pessoais". O deputado rebateu dizendo que o presidente está "brincando de governar". Em tréplica, Bolsonaro lamentou declaração de Maia Foto: Jorge William / Agência O GloboEm 26 de março, no mesmo dia em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, principal fiador da reforma da Previdência, desistiu de ir à Câmara debater o tema, os deputados aprovaram proposta que tirou poder do governo sobre o Orçamento, em votação relâmpago Foto: Luis Macedo / Agência CâmaraDe volta ao Brasil em meio à nova crise, Bolsonaro foi ao cinema no Park Shopping, em Brasília, com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, assistir ao filme "Superação - Milagre da fé", que conta a história de um jovem que ficou uma hora morto após afogamento Foto: Reprodução
No Chile, Bolsonaro também foi recebido com protestos por opositores de Piñera Foto: Martin Bernetti / AFPEm 23 de março, Bolsonaro foi ao Chile, onde se reuniu com o presidente Sebastián Piñera e comparou Rodrigo Maia com uma “namorada” que quer ir embora. Ele disse ainda que “tem político que não quer largar a velha política” Foto: RODRIGO GARRIDO / REUTERSIrritado com as provocações de Carlos, Maia afirmou que não conduziria mais as articulações pela aprovação da reforma da Previdência. “A responsabilidade do diálogo daqui pra frente com os deputados passa a ser do governo”, disse o deputado Foto: Adriano Machado / ReutersEm sinal de apoio a Moro, Carlos Bolsonaro postou em uma rede social: “Por que o presidente da Câmara anda tão nervoso?” . Naquele dia o ex-ministro Moreira Franco, casado com a sogra de Maia, havia sido preso pela Operação Lava-Jato Foto: Marcelo Regua / Agência O GloboApós o ministro Sergio Moro sugerir que o projeto anticrime tramitasse em paralelo com a reforma da Previdência, Rodrigo Maia foi a público e disse que o ex-juiz estava "confundindo as bolas', já que, segundo o deputado, não entendia de política e era apenas um funcionário do presidente Bolsonaro Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
Enquanto o presidente estava nos EUA, o vice-presidente, Hamilton Mourão, assumiu a Presidência, e Carlos Bolsonaro, filho do presidente, se reuniu com deputados no Palácio do Planalto Foto: ReproduçãoEm 17 de março, Bolsonaro foi recebido por manifestantes na Casa Branca Foto: Eric Baradat / AFPAinda em março, Bolsonaro foi aos EUA para se aproximar de Donald Trump; tratava-se da primeira visita oficial do novo presidente Foto: Kevin Lamarque / ReutersEm 19 de março, o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, ofereceu um churrasco em sua casa para reunir o presidente, os ministros e os presidentes do Senado, Davi alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli, para tentar distencionar a relação entre os três poderes Foto: DivulgaçãoNo carnaval, Bolsonaro causou indignação e polêmica nas redes sociais ao postar vídeo obsceno com críticas à festa nas ruas Foto: Reprodução
Ao chegar à Câmara para entregar a proposta de reforma da Previdência, Bolsonaro foi recebido sob protesto de parlamentares da oposição, que vestiam avental laranja e carregavam a fruta, em referência às denúncias sobre o uso de candidatos laranjas pelo PSL e ao Caso Queiroz, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro Foto: Adriano Machado / ReutersEm meio à crise que causou a demissão de Bebianno, Bolsonaro foi ao Congresso e entrega o texto da PEC da reforma da Presidência ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ao presidente do Senado Davi Alcolumbre Foto: Luis Macedo / Agência O GloboEm 19 de fevereiro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, foi ao Congresso e entrega o pacote Anticrime ao presidente da Câmara Foto: Jorge William / Agência O GloboNo dia 18 de fevereiro, Bolsonaro demitiu o seu braço direito na campanha e ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, da Secretaria Geral da Presidência, no meio de uma crise provocada por denúncias de uso de candidatos laranjas pelo PSL para desvio de verbas do Fundo Partidário nas eleições de 2018 Foto: Marcos Ramos / Agência O GloboEm 15 de fevereiro, dois dias após receber alta do hospital, o presidente recebeu no Palácio da Alvorada — de chinelos, calça esportiva, camiseta do Palmeiras e blazer — ministros e assessores para debater a reforma da Previdência Foto: Reprodução
Ainda em recuperação, o presidente voltou a despachar no hospital e fez até teleconferência com ministros. Em grande parte da internação, os médicos restringiram a visitação Foto: HANDOUT / ReproduçãoEntre o fim de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro, Bolsonaro ficou 17 dias internado no hospital Albert Eintein, em São Paulo, para retirar a bolsa de colostomia que usava desde que sofreu o atentado a faca em setembro Foto: Reuters
Após a tragédia que deixou Brumadinho (MG) sob a lama em 25 de janeiro, Bolsonaro sobrevoou o município para observar os estragos deixados pelo rompimento da barragem da Vale e destacou a necessidade de 'cobrar justiça' Foto: Divulgação / Isac Nóbrega/PREm 21 de janeiro, Bolsonaro chegou a Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, sua primeira agenda no exterior. O presidente fez um discurso vago, com promessas econômicas liberais e cancelou uma entrevista coletiva Foto: Arnd Wiegmann / ReutersEm 15 de janeiro, Bolsonaro assina seu primeiro decreto: registro, posse e comercialização de armas de fogo Foto: Jorge William / Agência O Globo
Bolsonaro deu posse a 22 ministros, entre eles sete militares com características conservadoras Foto: Alan Santos / Alan Santos/PRNa cerimônia de posse, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, chamou a atenção ao fazer um discurso em libras no parlatório, antes de Bolsonaro Foto: Jorge William / Agência O GloboApós ser eleito com 57.797.847 votos, Jair Bolsonaro recebeu a faixa presidencial de Michel Temer em 1º de janeiro Foto: Evaristo Sá / AFP
A entrevista à Veja foi atrasada em 15 minutos porque o presidente, sem avisar assessores com antecedência, decidiu prestigiar a sessão solene de homenagem a Carlos Alberto da Nóbrega, na Câmara dos Deputados. Ele foi a pé do Palácio do Planalto até o plenário da Casa para celebrar os 60 anos de carreira do humorista, de quem diz ser fã.
Flávio, Queiroz e Carlos
Durante as duas horas de entrevista, Bolsonaro considerou já ter concluído as promessas de campanha de indicar "um gabinete técnico, respeitar o Parlamento e cumprir o dispositivo constitucional de independência dos Poderes". O presidente ressaltou o alcance da publicação dos atos de governo nas redes sociais e atribuiu o "sucesso" de engajamento ao filho Carlos Bolsonaro, mas reconheceu a "impetuosidade" do vereador do Rio, responsável por abrir discussões até com aliados do pai e tensionar o Executivo.
— O Carlos tem muita impetuosidade, quer resolver as coisas muito rapidamente. De vez em quando há um atrito entre mim e ele em função da velocidade com que ele quer resolver as coisas — argumentou.
Bolsonaro reconheceu se preocupar com a quebra de sigilo do filho senador Flávio Bolsonaro. "Se alguém mexe com um filho seu, não interessa se ele está certo ou errado, você se preocupa", explicou. Ele destacou que soube do caso pela primeira vez ao assistir ao Jornal Nacional, da TV Globo, ao lado do filho deputado Eduardo. Argumentou que os documentos das transações atribuídas a Flávio estão em cartório e disse não ver nada de errado na situação. Reconheceu, no entanto, que há dinheiro de funcionários na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz.
— Estou chateado porque houve depósitos na conta dele, ninguém sabia disso, e ele tem que explicar isso daí. Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi meu soldado, recruta, paraquedista. Ele era um policial bastante ativo — contou. — E você sabe que lá no Rio você precisa de segurança. Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes. Então existe essa amizade comigo, sim. Pode ter coisa errada? Pode. Mas tem o superdimensionamento porque sou eu, porque é meu filho.
O presidente negou que o guru Olavo de Carvalho tenha influência no governo, embora tenha sido "pessoa importante" na campanha. Disse que raramente conversa com o ideólogo, a quem defendeu pelas recentes discussões com políticos.
— Quantas vezes eu fui chamado de ladrão, safado, sem-vergonha, homofóbico, racista. Eu fico quieto? Agora, se ele responde às agressões de lá... O Olavo não faz por maldade. Ele, pela idade talvez, quer as coisas resolvidas mais rápido — disse.
Amor eterno ao PSL, sem compaixão por Lula
Sobre o PSL, destacou que a legenda foi criada em março do ano passado e se engajou num "trabalho hercúleo" de buscar pessoas. Segundo o presidente, ele e a equipe foram então "pegando qualquer um" para "quebrar o galho". Nesta esteira, o chefe do Executivo disse que "muita gente" se elegeu com a estratégia que ele adotou na internet, gente que depois lhe confidenciou estar surpresa por conseguir mandato.
— Por isso o pessoal chegou aqui completamente inexperiente, alguns achando que vou resolver o problema no peito e na raça. Não é assim — ponderou Bolsonaro, que pareceu negar uma futura mudança de partido. — Quando a gente casa, a gente jura amor eterno.
O presidente ressaltou que, caso consiga promover uma boa reforma política, "topa ir para o sacrifício" e não disputar a reeleição. Ele detalhou que não disputaria a recondução ao cargo se o número de parlamentares fosse diminuído para 400.
Questionado sobre as críticas contra ele e seus filhos publicadas nas redes sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro relembrou os 15 nos quais ficou preso por publicar um artigo na Veja para defender o aumento de salário de militares. O presidente ressaltou ter sido punido acertadamente e ter "sentido" a reclusão, mas negou ter qualquer tipo de "compaixão" pelo líder petista.
— Mesmo dentro do quartel você sente. Imagine o Lula dentro de uma cela. O cara sente. Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade — disse.
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