Venezuela vive dilema entre ditadura e democracia, afirma Guaidó em Brasília
Em pronunciamento ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó disse nesta quinta-feira (28) que em seu país não há um dilema entre guerra e paz, mas sim entre a ditadura e democracia.
"Não é certo dizer que há um dilema na Venezuela entre guerra e paz, na Venezuela há um dilema entre a democracia e a ditadura, entre a miséria e a morte da nossa gente", afirmou.
Guaidó, autoproclamado presidente interino venezuelano em oposição ao ditador Nicolás Maduro, chegou a Brasília na noite de quarta-feira (27).
Depois de um breve encontro com Bolsonaro, no Palácio do Planalto, ele disse que a visita a Brasília "marca, sem dúvida, um momento importante na história da região".
"Um novo começo de relacionamento positivo entre Venezuela, Brasil e a região", disse.
Bolsonaro disse que o Brasil dará a Guaidó "apoio total".
Guaidó mencionou a relação comercial entre os dois países que, segundo ele, chegou a US$ 5 bilhões e hoje é de US$ 200 milhões.
Ele disse ainda que para a recuperação econômica depende de que a Venezuela consiga reconquistar a democracia por meio de eleições livres.
O oposicionista disse que a crise econômica de seu país empobreceu muita gente.
"[ A crise] é produto da corrupção, do ataque dos direitos humanos na Venezuela, ataque à industria privada", afirmou.
Ele citou ainda a grande quantidade de venezuelanos que deixou o país em meio à crise e disse que o caminho é a volta para casa.
Ao lado de Bolsonaro, Guaidó disse que continua lutando para que chegue ao seu país a ajuda humanitária que está sendo coordenada pelo Brasil com a ajuda dos EUA.
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