‘Precisamos que Cabral fale mais!’, pede Janaína
Foto: Estadão
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL)
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), eleita com 2 milhões de votos para a Assembleia Legislativa de São Paulo, pediu que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) ‘fale mais!’. Em sua conta no Twitter, Janaína também sugeriu que o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB e preso desde 19 de fevereiro pela Operação Lava Jato, também conte o que sabe. “A omissão de autoridades permitiu a bandalheira generalizada!”, postou Janaína. “Cabral falou sem pedir benefício em troca. Falou, ao que parece, por estar asfixiado. Precisamos que Cabral fale mais! Precisamos que Paulo Preto fale! Para que eles se sintam leves e para que tenhamos uma chance.” Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016 e condenado a 197 anos de reclusão em vários processos da Lava Jato, mudou sua estratégia de defesa e decidiu confessar. Antes negava todas as acusações, agora admite recebimento de propinas em larga escala. O ex-governador do Rio não firmou delação premiada. A Lava Jato o trata como réu confesso. Em depoimento ao Ministério Público Federal e ao juiz Marcelo Bretas, da 7. Vara Criminal Federal do Rio, o ex-governador abriu o jogo. Disse que seu vício é o ‘apego ao dinheiro e ao poder’. O emedebista afirmou que o dinheiro que os doleiros Renato e Marcelo Chebar disseram ter lavado de propina era dele. “Participei da propina, sim. O dinheiro dos irmãos Chebar era meu dinheiro, sim”. O ex-governador do Rio declarou que o esquema de desvio de recursos na saúde pública do Rio também envolvia religiosos. Ele citou os contratos do Estado com a Organização Social Pró-Saúde, que é administrada por padres da Igreja Católica, e o cardeal D. Orani João Tempesta, arcebispo da Arquidiocese do Rio. “O último depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Cabral, foi muito importante. Por óbvio, as acusações que ele fez precisarão ser confrontadas com outras provas. No entanto, acreditem, seria impossível o Rio (e o país) chegar ao ponto que chegou, sem conivência de muitos”, anotou Janaína.
Estadão
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