Pular para o conteúdo principal

O tempo de indultos excessivamente generosos acabou, avisa Moro

Foto: Agência Brasil
O futuro ministro da Justiça e Cidadania, Sérgio Moro
O futuro ministro da Justiça e Cidadania, Sérgio Moro, afirmou que o novo governo jamais vai editar um indulto natalino que seja “excessivamente generoso” a condenados, mas não se comprometeu com a promessa do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de encerrar no próximo governo o oferecimento do perdão da pena a condenados. Ele também sugeriu que o presidente Michel Temer não edite regras tão flexíveis como as do ano passado – um novo decreto deve ser publicado até o fim do ano. O comentário foi feito nesta sexta-feira, 30, na semana em que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento sobre a constitucionalidade do decreto de indulto do ano passado, assinado pelo presidente Michel Temer, que está suspenso. “Respeito enormemente o Supremo Tribunal Federal e qualquer decisão a ser tomada no plenário será respeitada. Mas, na linha que afirmada pelo presidente eleito, esse será o último indulto com tão ampla generosidade”, disse Sérgio Moro. “Espero que o.indulto a ser editado neste ano não tenha o mesmo perfil do ano passado”, disse Moro, nesta sexta-feira, 30, no comitê de transição de governo, referindo-se ao decreto assinado pelo presidente da República, Michel Temer, parcialmente suspenso por decisão do Supremo. Diante de questionamentos específicos sobre se não haverá um novo decreto de indulto no futuro governo, Moro disse que tudo ia passar por conversas. “Não vai haver mais nenhum indulto com a generosidade desse indulto específico. As questões ainda tem que ser debatidas com o senhor presidente da República eleito”, afirmou Moro. Desta forma, o futuro ministro desceu o tom em relação ao que foi afirmado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, nesta semana. O futuro presidente da República afirmou que, se houver novo indulto neste ano, será o último. O indulto é um instrumento previsto na Constituição da República e é tradicionalmente concedido no país, com regras que podem ser mais ou menos rígidas. O alcance do benefício depende unicamente da disposição do presidente da República. As regras propostas por Michel Temer foram amplamente criticadas pelo Ministério Público Federal e também pelo próprio Sérgio Moro, por permitir que crimes sem violência possam ser perdoados com apenas o cumprimento de um quinto da pena, incluindo os de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O indulto de Temer também permite que pessoas com penas elevadíssimas recebam o benefício. Uma decisão liminar de Luís Roberto Barroso, do Supremo, alterou essas regras específicas, impondo requisitos mais rigorosos. Reconhecendo o quadro de superlotação no país, um dos motivos para o indulto, Moro disse não acreditar que “a solução seja abrir a porta da cadeia” porque isso deixaria a população desprotegida. “A política do Governo vai ser mais restritiva”, afirmou, e cobrou o governo atual.
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p