Pular para o conteúdo principal
Manuel Ribeiro delata favorecimento em obras públicas e deixa mundo político tenso
Foto: Divulgação
Informações de bastidores que circularam na última quarta-feira (28) apontam que um dos motivos alegados pela defesa do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Manuel Ribeiro, para a não renovação do mandado de prisão temporária expedido na última sexta durante a Operação “Sem Fundos” (lembre aqui) inclui a colaboração premiada negociada pelo ex-dirigente da OAS desde 2017 com os Ministérios Públicos Federais do Paraná e do Distrito Federal.

O acordo estaria próximo da homologação e o ex-executivo teria se comprometido a confessar ilícitos cometidos na ampliação da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador e alvo da operação da PF na última semana. Além disso, outros seis episódios estariam na mira da delação de Ribeiro, que está afastado há mais de seis anos de decisões da OAS – o ex-diretor assumiu a Sedur em janeiro de 2014, onde ficou até o final do mesmo ano. Rumores sugerem ainda que obras públicas desse período também teriam sido citadas na colaboração.

Os detalhes da delação não são conhecidos integralmente, porém estariam ligados ao direcionamento de obras pela então Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração antes de 2015, referentes a construção de parques industriais que se instalaram no Estado à época e que teria premiado funcionários públicos com vantagens indevidas.

Como as negociações seguem em sigilo, as informações não poderiam ser confirmadas formalmente. Ainda assim, o alvoroço causado pela notícia dessa delação deixou toda a classe política baiana em polvorosa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular