Justiça manda soltar oito investigados na Operação Carne Fraca
Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, também prorrogou por mais cinco dias a prisão de outros três alvos de mandados de prisão
access_time 22 mar 2017, 09h52 - Atualizado em 22 mar 2017, 10h16
O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a prorrogação da prisão apenas do acusado Rafael Nijori Gonçalves, “tendo em vista que ele ainda não foi ouvido perante a autoridade policial”, diz a decisão.
Já a Polícia Federal (PF) pediu a prorrogação das prisões temporárias de Alice Mitico Nojiri Gonçalves, Antonio Garcez da Luz, Brandizio Dario Junior, Celso Dittert de Camargo, Leomar José Sarti, Luiz Alberto Patzer, Marcelo Tursi Toledo, Mariana Betipaglia de Santana, Osvaldo José Antoniassi, Rafael Nojiri Gonçalves e Sidiomar de Campos. Segundo a PF, os pedidos de prorrogação se baseiam no “volume de elementos colhidos quando do cumprimento dos mandados, a necessidade de suas reinquirições e a possibilidade de que, em liberdade, atentem contra a ordem pública.”
Segundo o juiz, no grupo dos presos temporários encontram-se servidores que integravam o “escalão intermediário” da organização criminosa instalada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na superintendência do Paraná (MAPA/PR).
“Embora não pertencendo diretamente ao grupo que coordenava e arquitetava as ações espúrias servindo-se da condição de servidores públicos, a elas aderiam de diversas formas (Osvaldo, Brandizio, Celso, Sidiomar, Leomar, Luiz, Marcelo e Antonio). Também tiveram contra si deferidas as prisões temporárias os familiares dos principais investigados, visto que auxiliavam diretamente para a ocultação e dissimulação dos recursos e benesses recebidos (Alice, Mariana e Rafael). Da leitura da representação policial pela prorrogação das medidas entendo não ser, ao menos neste momento, necessária a manutenção das prisões temporárias por mais um período de 5 dias com relação a esses investigados”, escreveu o juiz na decisão.
O magistrado também destacou que os envolvidos no esquema que não tiveram a prisão temporária prorrogada deverão “ser afastados de suas funções públicas e proibidos de ingressar em qualquer unidade do Ministério da Agricultura.”
Carne Fraca
A Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta, mira um esquema de corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entre as empresas investigadas pela PF estão a JBS, dona da Seara e da Big Frango, a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão, e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.
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