Diretor do FBI confirma investigação sobre Rússia e diz que Moscou apoiou Trump 8 / 18
O diretor do FBI, James Comey, confirmou nesta segunda-feira pela primeira vez que a agência está investigando possíveis laços entre a campanha presidencial do republicano Donald Trump e a Rússia, e que Moscou tentou influenciar as eleições norte-americanas de 2016.
Comey e o almirante Mike Rogers, diretor da Agência de Segurança Nacional, deixaram claro que a investigação sobre as eleições nos Estados Unidos e Moscou pode durar meses.
Os dois permaneceram cinco horas e meia no Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados em depoimento marcado por divisões estreitamente partidárias entre republicanos, maioria na comissão, e democratas.
Comey recusou-se a voltar atrás na sua afirmação de que o presidente russo, Vladimir Putin, não queria simplesmente que a candidata presidencial democrata Hillary Clinton perdesse a eleição; ele queria que Donald Trump ganhasse.
"Putin odiava tanto a secretária Clinton que o outro lado da moeda era que ele tinha uma clara preferência pela pessoa que concorria contra a pessoa que ele odiava tanto", disse.
O diretor do FBI também contestou Trump publicamente, questionando alegações do republicano segundo as quais o ex-presidente Barack Obama monitorou sua campanha eleitoral em 2016.
Comey disse na audiência que não encontrou nenhum indício que sustente a afirmação de Trump de que Obama ordenou a instalação de escutas na Trump Tower, seu quartel-general de campanha em Nova York.
No começo de março Trump criou polêmica ao tuitar, sem oferecer provas, que Obama vigiou sua campanha durante a disputa presidencial contra a democrata Hillary Clinton.
"Com respeito aos tuítes do presidente sobre as supostas escutas dirigidas a ele pelo governo prévio, não tenho informações que sustentem estes tuítes", disse Comey na audiência do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados.
"E analisamos cuidadosamente dentro do FBI. O Departamento de Justiça me pediu para compartilhar com vocês que a resposta é a mesma para o Departamento de Justiça e todos seus componentes: o departamento não tem informações que sustentem estes tuítes".
O comitê está investigando acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição de 2016 invadindo os computadores de funcionários democratas e divulgando dados constrangedores. Moscou nega as alegações.
Comey confirmou que o FBI está averiguando desde julho os possíveis esforços do governo russo para interferir na votação, incluindo quaisquer ligações entre a campanha de Trump e Moscou.
"Por ser uma investigação aberta, em andamento e ser confidencial, não posso dizer mais sobre o que estamos fazendo e quais condutas estamos examinando", disse o chefe da Polícia Federal dos EUA.
O tuíte de Trump sobre as escutas desviou a atenção das alegações sobre a interferência russa.
O presidente postou a mensagem em 4 de março, um sábado, dois dias depois de o secretário de Justiça, Jeff Sessions – que havia se encontrado com o embaixador da Rússia no último outono norte-americano – dizer que iria se afastar de qualquer inquérito sobre uma intromissão de Moscou na eleição.
(Reportagem adicional de Doina Chiacu)
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Comey e o almirante Mike Rogers, diretor da Agência de Segurança Nacional, deixaram claro que a investigação sobre as eleições nos Estados Unidos e Moscou pode durar meses.
Os dois permaneceram cinco horas e meia no Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados em depoimento marcado por divisões estreitamente partidárias entre republicanos, maioria na comissão, e democratas.
Comey recusou-se a voltar atrás na sua afirmação de que o presidente russo, Vladimir Putin, não queria simplesmente que a candidata presidencial democrata Hillary Clinton perdesse a eleição; ele queria que Donald Trump ganhasse.
"Putin odiava tanto a secretária Clinton que o outro lado da moeda era que ele tinha uma clara preferência pela pessoa que concorria contra a pessoa que ele odiava tanto", disse.
O diretor do FBI também contestou Trump publicamente, questionando alegações do republicano segundo as quais o ex-presidente Barack Obama monitorou sua campanha eleitoral em 2016.
Comey disse na audiência que não encontrou nenhum indício que sustente a afirmação de Trump de que Obama ordenou a instalação de escutas na Trump Tower, seu quartel-general de campanha em Nova York.
No começo de março Trump criou polêmica ao tuitar, sem oferecer provas, que Obama vigiou sua campanha durante a disputa presidencial contra a democrata Hillary Clinton.
"Com respeito aos tuítes do presidente sobre as supostas escutas dirigidas a ele pelo governo prévio, não tenho informações que sustentem estes tuítes", disse Comey na audiência do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados.
"E analisamos cuidadosamente dentro do FBI. O Departamento de Justiça me pediu para compartilhar com vocês que a resposta é a mesma para o Departamento de Justiça e todos seus componentes: o departamento não tem informações que sustentem estes tuítes".
O comitê está investigando acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição de 2016 invadindo os computadores de funcionários democratas e divulgando dados constrangedores. Moscou nega as alegações.
Comey confirmou que o FBI está averiguando desde julho os possíveis esforços do governo russo para interferir na votação, incluindo quaisquer ligações entre a campanha de Trump e Moscou.
"Por ser uma investigação aberta, em andamento e ser confidencial, não posso dizer mais sobre o que estamos fazendo e quais condutas estamos examinando", disse o chefe da Polícia Federal dos EUA.
O tuíte de Trump sobre as escutas desviou a atenção das alegações sobre a interferência russa.
O presidente postou a mensagem em 4 de março, um sábado, dois dias depois de o secretário de Justiça, Jeff Sessions – que havia se encontrado com o embaixador da Rússia no último outono norte-americano – dizer que iria se afastar de qualquer inquérito sobre uma intromissão de Moscou na eleição.
(Reportagem adicional de Doina Chiacu)
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