Pular para o conteúdo principal

O presidente Jair Bolsonaro com os filhos

Paulo Marinho depõe à PF por 5 horas sobre suposto vazamento à família Bolsonaro

BRASIL
O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), prestou depoimento de mais de cinco horas nesta quarta-feira (20) sobre as acusações de vazamento de investigação à família do atual presidente da República no período eleitoral de 2018.
Ele deixou a Polícia Federal do Rio de Janeiro no começo da noite, sem falar do teor do relato feito à corporação, sob a justificativa de que esse inquérito corre sob sigilo. “Qualquer declaração pode prejudicar as investigações”, afirmou.
O MPF (Ministério Público Federal) do Rio e a PF abriram investigações para apurar relato de Marinho ao jornal Folha de S.Paulo.
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha, o empresário disse que, segundo ouviu do próprio filho do presidente, um delegado da PF antecipou a Flávio em outubro de 2018 que a Operação Furna da Onça, então sigilosa, seria realizada.
Essa operação, segundo ele, teria sido “segurada” para que não atrapalhasse Bolsonaro na disputa eleitoral. De acordo com o relato, Flávio foi avisado entre o primeiro e o segundo turnos por um delegado simpatizante da candidatura de Bolsonaro à Presidência.
Os desdobramentos da operação revelaram um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio e atingiram Fabrício Queiroz, policial militar aposentado amigo de Jair Bolsonaro e ex-assessor de Flávio na Assembleia do Rio.
Questionado, Marinho disse nesta quarta apenas que a campanha eleitoral de 2018 não foi tratada no depoimento —que apura suposto vazamento na PF.
A acusação do empresário também será objeto de outra investigação, instaurada com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) após Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF. Ainda não há data para esse depoimento.
O delegado-informante, segundo a acusação feita por Marinho, teria aconselhado Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Segundo esse relato, ambos foram exonerados em 15 de outubro de 2018 por ordem do então candidato Bolsonaro.
De acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. As movimentações seriam incompatíveis com o patrimônio e a atividade do ex-assessor.
O relatório foi distribuído ao MPF, à PF e ao Ministério Público do Rio em 3 de janeiro de 2018. O documento foi incluído no inquérito da PF sobre a Furna da Onça em maio de 2018, data de sua instauração.
Na tarde desta quarta, Marinho foi ouvido pelo procurador Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF-RJ. A Procuradoria instaurou procedimento investigatório criminal e pediu desarquivamento de inquérito policial para apurar supostos vazamentos na Furna da Onça.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p