Dois mortos durante protestos contra assassinato de homem negro nos EUA
Durante ato em Detroit, carro se aproximou dos manifestantes e disparou contra a multidão, atingindo um jovem de 19 anos; policial é segunda vítima
Duas pessoas morreram durante um protesto contra o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, nesta sexta-feira 29. Um jovem foi baleado quando um carro se aproximou dos manifestantes em Detroit e disparou contra a multidão. A segunda vítima é um policial na Califórnia.
O ato em Detroit estava autorizado a durar até a meia-noite deste sábado, 30. Quando os manifestantes se recusaram a deixar as ruas após o horário limite, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Ao menos nove pessoas foram detidas.
O tiroteio aconteceu pouco antes do fim da manifestação. O responsável pelos tiros ainda não foi identificado, mas segundo as autoridades locais, ele dirigia uma SUV cinza. A polícia não se envolveu no ataque.
O agente federal morreu depois de ser baleado durante as manifestações em Oakland, perto de San Francisco, na Califórnia. Um segundo agente foi atingido, segundo a polícia, mas sobreviveu.
Os protestos contra a morte de George Floyd se espalharam por todo o país nesta sexta. Algumas das maiores cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Washington e Atlanta, registraram atos.
Vários desses protestos tiveram confrontos e atos violentos. No centro de Atlanta, perto da sede da rede de televisão “CNN”, grupos de manifestantes começaram a quebrar vitrines de lojas, e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.
Alguns dos manifestantes jogaram pedras no prédio da emissora e, em meio à confusão, viaturas policiais que estavam estacionadas também foram alvo de pedradas, e pelo menos duas foram incendiadas.
Em Washington, uma manifestação que começou pacificamente acabou em confronto com policiais e agentes do Serviço Secreto em frente à Casa Branca. Pelo menos dois dos participantes foram presos.
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Em mais de uma ocasião, os manifestantes derrubaram algumas das barricadas montadas do lado de fora do complexo da residên cia presidencial, o que gerou momentos de tensão.
Também foram relatados confrontos no distrito do Brooklyn, em Nova York; em Charlotte, no estado da Carolina do Norte, e em Houston, no Texas, entre outras cidades.
O caso
A origem dos protestos foi a morte de George Floyd, de 46 anos, na segunda-feira, enquanto estava rendido por policiais depois de ser preso sob suspeita de tentar usar uma nota falsa de 20 dólares em um mercado.
Imagens gravadas por pedestres que testemunharam a ação policial mostram Derek Chauvin, um dos quatro agentes envolvidos na prisão – e que depois foi expulso da corporação e preso – pressionando com o joelho o pescoço de Floyd, que estava deitado no chão, por ao menos sete minutos, ignorando seus apelos de que não conseguia respirar.
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“Por favor, por favor, por favor, eu não consigo respirar, por favor”, suplicou Floyd enquanto agonizava. Chauvin foi acusado formalmente de homicídio em terceiro grau e homicídio culposo pelo procurador do condado de Hennepin, Mike Freeman, que explicou que não o fez antes porque não tinha provas suficientes.
(Com EFE)
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