Rui Costa se esquiva de comentar investigação da PF sobre Witzel e critica ‘espetáculo midiático’
BAHIA
O governador Rui Costa (PT) preferiu não comentar a Operação Placebo, realizada ontem pela Polícia Federal, que apura um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao novo coronavírus. As investigações envolvem o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (27), o chefe do Executivo baiano não omitiu opinião a respeito do mérito da apuração, mas condenou o que chamou de “espetáculo midiático”. “Isso foi feito nos últimos seis anos no Brasil. Os objetivos poderiam ser feitos sem esses espetáculos”, declarou.
“Eu acho que o nosso país está vivendo momentos difíceis e não é de hoje. Eu sempre fui um crítico muito forte de qualquer transformação. Investigações e apurações têm todo direito de acontecer. Sou a favor que seja colocado em transparência. Sou contra que seja transformado em um espetáculo midiático”, disse Rui.
“Acho um absurdo se apropriar de instituições para transformar ações de investigações em espetáculos midiáticos com fins políticos, partidários e eleitorais. Isso foi feito nos últimos seis anos no Brasil. Os objetivos poderiam ser feitos sem esses espetáculos”, ressaltou.
Na sequência, o governador levantou suspeitas a respeito do que chamou de “forma” da operação. “Primeiro, o presidente demite um ministro dizendo que quer controlar a Polícia Federal. No outro dia uma deputada próxima anuncia como se ela fosse a chefe da Polícia Federal”, contou.
“Não quero julgar o mérito, se tem erro ou não, o que estou analisando são os aspectos que isso foi elaborado, planejado e divulgado”, concluiu.
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