PF vê situação delicada em investigação sobre Bolsonaro e polarização pós-Moro
BRASIL
Pivô da crise entre Sergio Moro e Jair Bolsonaro, a Polícia Federal se encontra em uma situação delicada. Com a responsabilidade de apurar as acusações do ex-ministro da Justiça, a PF se vê em risco de ser acusada de abafar eventuais crimes cometidos pelo presidente da República, de um lado, ou de agir em represália às interferências no órgão. Internamente, o plano é tentar esgotar todas as linhas de investigação para minimizar as críticas que surgirão, seja qual for o desfecho.
Além do inquérito em questão, a PF vê desde então uma polarização generalizada. O órgão tem ouvido acusações, principalmente de alvos, de ter feito as últimas operações para agradar ou para enfrentar o presidente.
Apesar de não haver jurisprudência consolidada, investigadores entendem não haver vedação legal para indiciar o presidente, se a conclusão for de que Bolsonaro cometeu crime. Em 2007, o STF decretou a nulidade de ato de indiciamento.
Na mais recente decisão, em outubro de 2018, Luís Roberto Barroso indeferiu pedido de anulação do indiciamento de Michel Temer
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