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Jair Bolsonaro

Bolsonaro ouve apelos por Mandetta e diz que não discutirá sobre posts apagados pelo Twitter

BRASIL
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitou polemizar com o Twitter depois de a empresa apagar duas postagens feitas por ele no domingo (29).
Questionado nesta segunda-feira (30), quando deixava o Palácio da Alvorada, o presidente alegou que, como se tratava de uma empresa privada, não comentaria. “Não vou discutir, é uma empresa particular”, afirmou Bolsonaro ao ser questionado pela imprensa em frente ao Palácio da Alvorada.
Antes de falar aos jornalistas, Bolsonaro ouviu de uma apoiadora apelos a favor do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Apoie o Mandetta, dê apoio ao Mandetta. Mantenha ele. Não dê munição para inimigo​”, gritou uma mulher que, junto com outras pessoas, aguardava o presidente deixar a residência oficial. O presidente não reagiu à manifestação, ficando apenas em silêncio.
Bolsonaro tem agido na contramão de seu ministro, o que tem levado o meio político a entender que o presidente está procurando desgastá-lo para forçar que peça para deixar o cargo.
​O Twitter considerou que as postagens violavam as regras de uso ao potencialmente colocar as pessoas em maior risco de transmitir o novo coronavírus.
Foi a primeira vez que a rede social apagou postagens do presidente do Brasil.
Os posts eram de vídeos do tour que o presidente fez neste domingo no DF, contrariando seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou que as pessoas ficassem em casa como medida de enfrentamento ao coronavírus.
Nas filmagens, Bolsonaro cita o uso de cloroquina para o tratamento da doença e defende o fim isolamento social.
A hidroxicloroquina, combinado de cloroquina e azitromicina, está em fase de testes e não há comprovação de sua eficácia na luta contra o coronavírus.
Em um dos posts, em Taguatinga, ele conversa com trabalhadores informais, escuta críticas à quarentena, concorda com a cabeça, e diz que o medicamento está dando certo.
No outro, em Sobradinho, o presidente entra em um açougue, fala com funcionários, projeta o desemprego que o isolamento social pode causar e, de novo, cita o remédio.
Os vídeos compartilhados por Bolsonaro estão no Facebook, que não apagou as postagens.
Nesta segunda, Bolsonaro admitiu pela primeira vez que não há nenhum medicamento com resultado comprovado até agora.
“Estou ciente da minha responsabilidade. O vírus veio de fora para dentro e temos que buscar uma solução para minimizar as consequências do mesmo aqui no Brasil. Vai morrer gente? Vai morrer gente, como tem morrido algumas pessoas. Teremos uma crise maior? Poderemos ter. Tem vacina? Não. Tem remédio comprovadamente? Ainda não”, afirmou.
“Mas temos um outro problema: desemprego. E tem que ser tratado com igual responsabilidade, o vírus a questão do desemprego”, disse Bolsonaro.
Sobre ter apagado as postagens de Bolsonaro, o Twitter divulgou uma nota.
“O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível em nosso blog”

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