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Secretário estadual de Saúde, governador e Neto participam de agenda conjunta esta semana
Rui, Neto e Fábio se destacam como “autoridades da crise” na Bahia, para deputados
EXCLUSIVAS
Na avaliação de deputados baianos, o prefeito ACM Neto (DEM), o governador Rui Costa (PT) e o secretário estadual de Saúde, Fábio Villas Boas, são as figuras que mais têm se destacado na crise do coronavírus no Estado.
Na falta de uma pesquisa que mensure a aparição na mídia das principais autoridades envolvidas no combate à pandemia na Bahia e a percepção da população com relação a elas, eles usam o ´feeling´ para chegar à conclusão.
Uma das razões para a liderança de Neto, por exemplo, é o fato de ter saído na frente nas medidas de enfrentamento à crise, ao determinar o fechamento de escolas e outros estabelecimentos na segunda-feira da semana passada.
A iniciativa teria gerado uma crise entre a sua equipe e a do governador, que buscava fazer os primeiros anúncios de forma conjunta com a Prefeitura, mas foi acusada pelo time do prefeito de hesitar quanto à defesa de idéias como a do confinamento.
Neto também tem prosseguido com uma agenda de anúncios de medidas frequentes em Salvador que não o tiram da mídia e reforçam a idéia de que está absolutamente preocupado com o que pode acontecer com a cidade e seu povo.
Na visão dos parlamentares, Rui Costa, por sua vez, tem aparecido também como uma figura que busca defender a Bahia tanto ante o governo federal quanto dos riscos de disseminação da doença em território baiano.
Como líder dos governadores nordestinos, articulou os colegas e venceu a batalha contra o governo federal pela manutenção do Bolsa Família para a região num momento em que o desemprego só deve aumentar no país.
O governador não se importou em defender o fechamento das fronteiras quando o governo federal vacilava ante a medida.
Ontem, conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o pagamento da dívida do Estado com a União para investir em medidas de combate ao coronavírus.
Também determinou medidas duras contra um empresário paulista acusado de disseminar a doença deliberadamente na Bahia e um médico que denunciou por, segundo ele, atender pacientes no interior, apesar de infectado.
Muito seguro, o cardiologista e secretário Villas Boas se tornou uma ponte rápida, acessível e confiável para os dados oficiais sobre a doença para a sociedade por meio dos órgãos de imprensa baianos.
A intimidade pessoal facilita sua comunicação com o governador, que segue 100% suas orientações. Fábio foi pessoalmente ao aeroporto de Salvador mostrar como a Anvisa, órgão regulador do governo federal, impedia a equipe da Sesab de monitorar passageiros que chegavam do Exterior ou de locais onde a transmissão já era sustentada.
Foi sua a idéia de propor a ação judicial que assegurou o direito às autoridades sanitárias baianas de proceder o monitoramento no aeroporto, da qual a Anvisa recorreu, segundo informou hoje o governador.
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