Estadão
Fábio Wajngarten
Veja quem são os 23 infectados da comitiva de Bolsonaro em visita aos EUA
BRASIL
Até esta segunda-feira (23), há 23 pessoas cujo teste para o novo coronavírus deu resultado positivo após acompanharem o presidente Jair Bolsonaro em viagem para os Estados Unidos.
Veja abaixo perfis dos acompanhantes que tiveram sua identidade divulgada.
Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Um dos ministros mais próximos de Bolsonaro, o general quatro estrelas tem 72 anos e faz parte do grupo de risco da doença. Um dia antes de seu teste ter dado positivo, ele se reuniu três vezes com o presidente. Em nenhuma delas, usou máscara cirúrgica.
Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
O almirante de esquadra Bento Abulquerque tem 61 anos e também faz parte do grupo de risco. Depois da viagem aos Estados Unidos, ele não se reuniu novamente com o presidente, mas esteve no Rio de Janeiro com empresários antes de seu exame ter dado positivo.
Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro
A advogada especializada em direito eleitoral tem ajudado o presidente a viabilizar a Aliança pelo Brasil, partido que ele tenta viabilizar. Ela é tesoureira da nova legenda e uma das principais consultoras jurídicas de Bolsonaro.
Marcos Troyjo, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia
O economista e diplomata é um dos assessores mais experientes da atual gestão em negociações internacionais. Ele participou, por exemplo, da articulação do pacto entre União Europeia e Mercosul, fechado em 2019 após 20 anos de negociação, e participou da missão aos Estados Unidos na tentativa de trazer investimentos ao Brasil.
Fabio Wajngarten, chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação)
O chefe da comunicação institucional do Planalto foi o primeiro da comitiva presidencial a receber diagnóstico positivo para a Covid-19. Além de ser bastante próximo a Bolsonaro, participou do jantar promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em viagens, Wajngarten costuma carregar o celular pessoal do presidente, o que causou preocupação sobre a possibilidade de Bolsonaro ter sido contaminado.
Alan Coelho de Séllos, chefe de cerimonial do Ministério de Relações Exteriores
O chefe do cerimonial do Itamaraty teve contato durante a viagem aos Estados Unidos com toda a equipe de apoio do presidente. Em viagens internacionais, ele costuma acompanhar o ministro Enesto Araújo, cujo exame para a doença teve resultado negativo.
Carlos França, chefe de cerimonial do Palácio do Planalto
O chefe de cerimonial da Presidência é o responsável por dar a palavra final na ordem dos discursos e das cadeiras em eventos com a presença do presidente. Na viagem aos Estados Unidos, o embaixador Carlos França teve contato direto com todas as autoridades presentes e também com a equipe americana. Ele era o número dois no cerimonial palaciano na gestão de Michel Temer e acabou ascendendo ao posto de número um com Bolsonaro.
Major Mauro Cid, ajudante de ordens da Presidência da República
Filho do general Mauro César, que se formou com o presidente na Academia da Agulhas Negras, o Major Mauro Cid é ajudante de ordens de Bolsonaro desde a posse, quando o acompanhou na subida da rampa do Planalto. Ele é o principal assessor do presidente na rotina de governo e é o responsável por transportar seus aparelhos de comunicação e documentos oficiais.
Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República
Discípulo do escritor Olavo de Carvalho, Filipe Martins é formado em relações internacionais e é o responsável pela elaboração das agendas do presidente com chefes de Estado. Ele é amigo tanto de Eduardo Bolsonaro como de Carlos Bolsoanro, filhos do presidente, e faz parte do chamado “gabinete do ódio”.
Coronel Gustavo Suarez, diretor do Departamento de Segurança Presidencial
O militar é um dos responsáveis pelo planejamento da segurança do presidente. Na viagem, era quem coordenava o posicionamento de agentes de segurança e o trajeto do comboio presidencial.
Sergio Lima, publicitário e marqueteiro da Aliança pelo Brasil
O marqueteiro, que é amigo do presidente, o acompanhou aos Estados Unidos para participar de um encontro com empresários brasileiros que residem na Flórida. Foi ele quem produziu a identidade visual da Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta viabilizar.
Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
Com 72 anos, o presidente da principal entidade da indústria no Brasil se aproximou de Bolsonaro no seu primeiro ano de mandato. Andrade participou de evento na Flórida, que teve a presença do presidente, com empresários brasileiros que moram nos Estados Unidos.
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais)
O empresário do setor têxtil assumiu a entidade ainda no governo Temer e foi um dos principais defensores da reforma trabalhista, implementada pelo emedebista. Ele viajou aos Estados Unidos também para participar do encontro com empresários brasileiros no país.
Marcelo Thomé, presidente da Fiero (Federação das Indústrias do Estado de Rondônia)
Nascido no Rio de Janeiro, o arquiteto e urbanista preside a entidade industrial estadual e a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho. Ele também viajou aos Estados Unidos para participar de encontro com empresários brasileiros.
Sérgio Segovia, presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações)
O almirante assumiu o comando da agência federal em maio, após dois indicados do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, terem sido afastados. Ele foi nomeado ao cargo com o apoio da cúpula militar, que acusava o núcleo ideológico de ter paralisado os trabalhos do órgão de promoção dos produtos brasileiros no exterior.
Nestor Forster, encarregado de Negócios do Brasil nos Estados Unidos
Próximo do escritor Olavo de Carvalho, o diplomata brasileiro foi indicado pelo presidente para assumir o posto de embaixador do Brasil em Washington após a desistência da nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A sua designação depende da aprovação do Senado.
Empresário não identificado
A Folha confirmou que um dos empresários que participou do encontro com o presidente também teve resultado positivo para a doença. Ele, no entanto, não autorizou a divulgação de seu nome.
Funcionários do GSI
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência informou que quatro integrantes do grupo de logística foram confirmados com a doença. A pasta ministerial, no entanto, não divulgou os nomes.
Nelson Trad (PSD-MS), senador
Preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Antes de ser diagnosticado, participou de reunião sobre o combate ao coronavírus com a presença de deputados e senadores de diversos partidos, entre eles o presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que posteriormente recebeu teste positivo para a Covid-19.
Daniel Freitas (PSL-SC), deputado federal
O parlamentar é um dos apoiadores do presidente e teve resultado negativo no primeiro exame realizado. A contraprova, no entanto, atestou positivo. Próximo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, ele deve ser um dos parlamentares do PSL que migrará para a Aliança para o Brasil.
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