Pular para o conteúdo principal
Brasil/Arquivo

Câmara e Senado avaliam adotar votações remotas na crise do coronavírus

BRASIL
Diante do agravamento da pandemia do coronavírus, deputados e senadores se reúnem na tarde desta terça-feira (17) para aprovar projetos de resolução que permitirão que as votações sejam feitas remotamente, sem a necessidade de aglomerar parlamentares nos plenários da Câmara e do Senado.
O Brasil registrou nesta terça a primeira morte por causa da Covid-19. No Senado, ao menos duas pessoas já testaram positivo para o coronavírus, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e uma funcionária da biblioteca da Casa.
Praticamente todas as reuniões de comissões que aconteceriam na Câmara e no Senado nesta terça foram canceladas, assim como a sessão do Congresso Nacional, que havia sido convocada para esta manhã.
Pelo projeto de resolução da Câmara, que regulamenta a forma de discussão e votação remota de matérias, menciona um Sistema de Deliberação Remota, “medida excepcional a ser determinada pelo presidente da Câmara dos Deputados [Rodrigo Maia (DEM-RJ)] para viabilizar o funcionamento do plenário durante a emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus”.
As sessões convocadas pelo sistema deverão apreciar preferencialmente matérias relacionadas à emergência de saúde pública internacional referente à Covid-19. O projeto suspende reunião de comissões e estabelece que as decisões do plenário serão tomadas por meio de sessões virtuais.
O presidente da Câmara determinará que as deliberações presenciais sejam retomadas tão logo o deslocamento dos parlamentares entre Brasília e seus estados e a realização de sessões e reuniões dos órgãos da Casa sejam compatíveis com as recomendações do Ministério da Saúde.
O sistema a ser adotado permitirá debates por áudio e vídeo. As sessões realizadas por meio do sistema serão públicas, exceto nos casos já previstos na legislação vigente. Este sistema, diz o projeto de resolução deve preservar o sigilo do voto até o momento em que for totalizada a votação e proclamado o seu resultado.
No Senado, será apreciado um parecer do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) concluído no fim da manhã desta terça.
Ao contrário do texto da Câmara, no Senado a possibilidade de votação remota não se restringe à pandemia de coronavírus. Prevê a aplicação também em casos de guerra, convulsão social, calamidade pública, colapso do sistema de transportes ou outras situações de força maior que impeçam a reunião presencial dos senadores no edifício do Congresso.
O sistema a ser usado terá que funcionar em celulares, tablets e computadores conectados à internet e terá que exigir verificação em duas etapas para autenticação dos parlamentares. Também será preciso permitir até 600 acessos simultâneos e a gravação da íntegra dos debates e a exportação segura do resultado das votações.
Este sistema, entre outras exigências, terá que capturar imagem do parlamentar no momento em que for pressionado o botão de voto e tem que garantir que não seja possível aos operadores, ao presidente nem aos demais parlamentares e usuários conectados, o conhecimento prévio do resultado da votação antes que seja encerrada.
Cada sessão no Senado contará com item único de pauta e terá duração máxima de até seis horas, prorrogáveis a juízo do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em função da urgência. Caso o sistema de votação eletrônica remota não funcione, o presidente do Senado chamará nominalmente cada senador para que declare seu voto verbalmente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p