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Recapitular o ano que acaba é uma tradição sedimentada no jornalismo. As edições finais de veículos do mundo todo pausam para exumar o passado recente. Voltar-se sobre si é, antes de um hábito, uma necessidade. É no reencadeamento de fatos e episódios que extraímos deles algum sentido para o que foi. Um norte para o que virá. No prazer prosaico de fazer cócegas na memória com uma banalidade qualquer do aleatório 23 de julho. Ou na evocação de acontecimentos que alteraram o curso das grandes coisas, como no preciso 17 de maio – dia em que vazou o áudio gravado pelo empresário e delator Joesley Batista em conversa subterrânea com o presidente Michel Temer. Flanar sobre a linha do tempo nos dá a condição de espectadores privilegiados da história a cuja construção assistimos ao vivo.
Revisitar o ano de 2017, em que houve dias que valeram por décadas (e não são todos assim?), e filtrar o que nele transcorreu de mais importante implica fazer recortes dramáticos. A escolha de ÉPOCA foi apresentar 2017 por meio de personagens que carregaram o ano em suas histórias individuais. Nomes que, por sua relevância, abarcam outros tantos de enorme estatura. Listas são cruéis, injustas e ingratas. A seleção de eleitos invariavelmente exclui alguém que merecia estar ali. Não raro uma avaliação dos preteridos diz mais sobre o tema do que a dos escolhidos. Mas listas oferecem um panorama coerente sobre o caos.
A seleção de ÉPOCA seguiu um critério fundamental: quem foram os personagens que abalaram nosso mundo? Que nos surpreenderam? Que nos fizeram abrir mais uma na mesa do bar para levar a discussão adiante? Chegamos ao quinteto das próximas páginas. Há outros? Absolutamente. Há quintetos mais engraçados, mais diversos, mais funestos. Sim, mas o Brasil teria sido outro sem a delação de Joesley Batista e seus áudios tão reveladores; sem a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua batalha para se manter presidenciável; sem a exaltação de Jair Bolsonaro e seu exército de reacionários; sem a dignidade do técnico Tite e sua ressurreição do futebol brasileiro; o mundo teria sido outro sem as sandices de Donald Trump no Twitter e na vida real. O ano de 2017 teria sido outro sem a atuação dos nomes acima.
Revisitar o ano de 2017, em que houve dias que valeram por décadas (e não são todos assim?), e filtrar o que nele transcorreu de mais importante implica fazer recortes dramáticos. A escolha de ÉPOCA foi apresentar 2017 por meio de personagens que carregaram o ano em suas histórias individuais. Nomes que, por sua relevância, abarcam outros tantos de enorme estatura. Listas são cruéis, injustas e ingratas. A seleção de eleitos invariavelmente exclui alguém que merecia estar ali. Não raro uma avaliação dos preteridos diz mais sobre o tema do que a dos escolhidos. Mas listas oferecem um panorama coerente sobre o caos.
A seleção de ÉPOCA seguiu um critério fundamental: quem foram os personagens que abalaram nosso mundo? Que nos surpreenderam? Que nos fizeram abrir mais uma na mesa do bar para levar a discussão adiante? Chegamos ao quinteto das próximas páginas. Há outros? Absolutamente. Há quintetos mais engraçados, mais diversos, mais funestos. Sim, mas o Brasil teria sido outro sem a delação de Joesley Batista e seus áudios tão reveladores; sem a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua batalha para se manter presidenciável; sem a exaltação de Jair Bolsonaro e seu exército de reacionários; sem a dignidade do técnico Tite e sua ressurreição do futebol brasileiro; o mundo teria sido outro sem as sandices de Donald Trump no Twitter e na vida real. O ano de 2017 teria sido outro sem a atuação dos nomes acima.
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