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Presidente do BNDES defende que empresários presos possam continuar a trabalhar

Paulo Rabello de Castro cita desemprego e fechamento de empresas para tal permissão

 
Presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro. Foto: Jorge William /Agência O Globo
SÃO PAULO - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou que as decisões judiciais tomadas para punir empresas precisam levar em conta os aspectos econômicos. Ele acrescentou ainda que os empresários que estão detidos deveriam ter a permissão de voltar aos seus negócios para garantir a continuidade dessas empresas.
— É preciso ensinar economia aos procuradores. Há desemprego e empresas fechando. O empresário poderia voltar a sua empresa para ajudar na retomada e assim pagar as multas (do acordo de leniência) que são impostas — disse em palestra da Associação Comercial de São Paulo.
Rabello, sem citar diretamente e acrescentando que há dificuldade em se retomar algumas obras de infraestrutura porque a maior parte das empreiteiras está com problemas de cadastro, o que inviabiliza a liberação de recursos do BNDES aos projetos em que elas estão envolvidas.
Uma das sugestões de Rabello de Castro é que uma parcela de 10% ou 20% da empresa que cometeu um ato ilícito fosse destinado a um fundo para a previdência.
— Deveria deixar ele (o empresário que está cumprindo pena) trabalhar mais e lucrar mais. Temos que destravar obras, como a Linha 6 do metrô de São Paulo, mas o problema é que não tem cadastro para isso — disse.
A Linha 6 está sendo tocada pelo Consórcio Move, que é formado pela UTC, Odebrecht e Queiroz Galvão. Todas envolvidas na Lava-Jato.
O presidente do BNDES afirmou ainda que os desembolsos do banco continuarão em queda porque não há demanda, indicando que o número deve ficar abaixo dos R$ 88,3 bilhões realizados no ano passado.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/presidente-do-bndes-defende-que-empresarios-presos-possam-continuar-trabalhar-21703686#ixzz4pkgOnU00
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