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Pessoas querem "parar o Brasil, e esse desejo não tem limites", diz Temer
 

Em vídeo gravado antes de viajar para a China nesta terça-feira (29), o presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou saber que pessoas querem "parar o Brasil, e esse desejo não tem limites". O presidente não citou nomes. No entanto, a fala acontece na semana em que há a expectativa de ser apresentada uma segunda denúncia contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
"Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil, e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho a força necessária para resistir", declarou, ao acrescentar que o governo faz o necessário e serve "apenas à sociedade brasileira". Para Temer, é preciso ter sobriedade, responsabilidade e paciência e "nenhuma força" o desviará desse rumo.
O presidente voltou a dizer que o país é maior do que seus problemas e aflições e, o brasileiro, "trabalhador e generoso".
Na avaliação de Temer, se as pessoas estão "desconfiadas da política é porque já sofreram muito e amargaram grandes decepções", embora ressalte que torcem para que dê certo e "vai dar certo".
No meio político, especula-se a segunda denúncia contra Temer seja apresentada durante sua ausência. A primeira denúncia da PGR foi apresentada no final de junho. Após tramitação na Câmara, a peça foi rejeitada pelos deputados em plenário.
No vídeo divulgado hoje, Temer buscou transmitir que não está preocupado com a eventual nova denúncia e falou que "a melhor surpresa que essa viagem poderá nos reservar é a surpresa dos bons acordos, dos bons investimentos que traremos para o país. A surpresa das boas atitudes, da boa conduta".
Como em discursos em eventos, ele voltou a reforçar a ambição reformista do governo e a elogiar o apoio "decisivo" do Congresso Nacional para votar matérias de interesse do Planalto.
Apesar da fala de contar com a "torcida e o empenho de todos", nos bastidores Temer tem mostrado preocupação com a tramitação de propostas no Congresso.
Segundo apurou o UOL, nesta segunda-feira (28), durante reunião ministerial convocada por ele no Palácio do Planalto, o presidente pediu aos titulares de pastas que ajudem a agilizar a tramitação de três propostas.
Elas são a revisão da Meta Fiscal, a instituição da TLP (Taxa de Longo Prazo) a ser usada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o texto do novo Refis, programa de renegociação de dívidas com a Receita Federal. O objetivo é aprovar todas as três matérias até o fim da semana.

Em busca de investimentos para privatizações

O presidente da República embarcou na manhã desta terça-feira rumo à China em busca de investimentos para as privatizações anunciadas na semana passada pelo governo, como a Eletrobras.
Segundo Temer em entrevista a um canal de televisão chinês, ele apresentará propostas nos 57 setores que serão concedidos à iniciativa privada.
"Esperamos que a China possa se interessar em participar desses eventos. Para nós seria muito útil", falou. Segundo o presidente, a China tem presença internacional "invejável".
Além da apresentação das propostas das privatizações, outros convênios e contratos serão assinados entre ambos os países nas áreas de infraestrutura, saúde, cultura e tecnologia.
"Estou indo visitar a segunda maior economia do mundo. E qual é o nosso objetivo? Primeiro, queremos tornar mais sólida a relação comercial já existente. [...] Em segundo lugar, viajo para ampliar nossas relações. A China poderá ser uma das grandes investidoras nos nossos projetos de concessões que anunciei na semana passada. Eles poderão fazer a diferença em investimentos nas áreas de energia, portos, aeroportos, na área do agronegócio e nas finanças", declarou no vídeo postado hoje.
O primeiro compromisso de Temer será uma visita de Estado a Pequim a convite do presidente chinês Xi Jinping. O peemedebista se reunirá ainda com o primeiro-ministro do país, Li Kegiang.
Entre os temas a serem discutidos, segundo a Presidência, estão a defesa do multilateralismo, a resistência ao protecionismo e o combate ao aquecimento global.
Após a visita de Estado, ainda em Pequim, Temer participará de um seminário empresarial organizado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Já entre os dias 3 e 5, o presidente brasileiro participará da 9ª cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, na cidade de Xiamen.
Para o governo brasileiro, o Brics é um espaço privilegiado de cooperação econômica e, na oportunidade, Temer reforçará o apoio do Brasil para o Novo Banco de Desenvolvimento.
O retorno da comitiva presidencial está previsto para o dia 5 de setembro, com chegada em Brasília no dia 6.

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