João Santana e Mônica Moura alegam 'dificuldades financeiras' para pagar advogados
Defesa do casal de marqueteiros diz que precisa de verba bloqueada para pagar honorários

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Moura e Santana foram presos em fevereiro de 2016 na operação Acarajé, 23ª fase da Lava-Jato. O publicitário é acusado de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior através da offshore Klienfeld, que já foi indentificada pela Lava-Jato como um dos caminhos de propina da Odebrecht no exterior. Foram identificados quatro depósitos entre abril de 2012 e março de 2013 que totalizaram US$ 3 milhões.
Outra parte teria origem em contas de Zwi Skornicki, que foi preso no mesmo dia que o casal. Ele teria feito nove depósitos à offshore que perteceria a João Santana, entre 2013 e 2014, que totalizariam US$ 4,5 milhões. De acordo com os investigadores, os valores passaram por bancos em Londres e Nova York antes de chegarem à Suíça. A suspeita da PF é de que o pagamento veio de serviços eleitorais prestados ao PT.
Em documento apresentado na última semana e revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta segunda-feira, a defesa dos publicitários afirma que ambos estão realizando "esforços hercúleos" para repatriar o restante da verba. A demora em realizar o processo foi destacada pelos advogados como um dos fatores para que o dinheiro seja liberado. Eles pedem que "todo o valor remanescente" na conta do exterior seja desbloqueada.
O requerimento também cita a impossibilidade do casal de conseguir trabalhar no momento e arcar com "gastos pessoais e de suas famílias", além da necessidade de pagamento dos honorários dos próprios advogados. Moro ainda não publicou sua decisão sobre o pedido.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, o casal teria sido contratado pelo PT com dinheiro proveniente de esquemas de proprina na Petrobras. Eles foram soltos em agosto do ano passado e absolvidos pelos crimes de corrupção, embora tenham sido condenados por lavagem de dinheiro. No entanto, ao fecharem acordo de delação premiada, homologado em abril deste ano, tiveram a pena substituída pela prisão domiciliar.
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