Coreia do Norte aos EUA: regime não “manterá braços cruzados”
O exército norte-coreano informou que "devastará impiedosamente" os Estados Unidos se Washington decidir atacar
access_time 14 abr 2017, 11h43 - Atualizado em 14 abr 2017, 12h15
Song-ryol disse também, em uma entrevista à agência de notícias AFP em Pyongyang, que a posição “agressiva” de Donald Trump contra o regime norte-coreano estava “causando problemas” e que a atual crise já está inserida em um “ciclo vicioso”. O vice-ministro se referia aos tuítes publicados pelo presidente dos Estados Unidos nesta semana.
Trump afirmou em sua conta na rede social que a Coreia do Norte “está procurando problema”. “Se a China decidir ajudar seria ótima. Se não, resolveremos o problema sem eles”, escreveu o líder americano na última terça-feira.
A mensagem na rede social é uma resposta de Trump ao governo norte-coreano, que criticou os Estados Unidos pelo envio de um navio porta-aviões para a península coreana e declarou, também na terça, estar “pronto para reagir diante de qualquer tipo de guerra que os Estados Unidos desejem“, segundo informou a agência estatal de notícias KCNA.
Também nesta sexta o exército norte-coreano informou que “devastará impiedosamente” os Estados Unidos se Washington decidir atacar. “Nossa ação mais dura contra os Estados Unidos e suas forças navais será tomada de forma tão impiedosa, de modo que os agressores não sobreviverão”, disse em comunicado a KCNA, citando o exército.
O comunicado da agência, citando o recente ataque aéreo americano contra a Síria, afirma que o governo do presidente Donald Trump “entrou em um caminho de ameaças abertas e chantagem” para a Coreia do Norte. O exército norte-coreano assegurou também que as bases americanas na Coreia do Sul, “bem como todos os quartéis do Mal, incluindo (o palácio presidencial sul-coreano) a Casa Azul, serão pulverizados em alguns minutos”.
Na quinta-feira, foram divulgadas fotos de satélites que mostram que a base nuclear norte-coreana estaria preparada para um novo teste. As imagens mostram evidencias de que na base de Punggye-ri há “atividade contínua no portão norte (onde foram feitos os últimos testes norte-coreanos), nova atividade na zona administrativa principal e funcionários reunidos no centro de comando das instalações”, segundo o portal americano 38 North, especializado na Coreia do Norte.
Nesta sexta, a China se posicionou sobre o conflito e advertiu que quem provocar uma guerra na península coreana “deverá assumir suas responsabilidades históricas e pagar o preço”. A declaração é do ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, que também afirmou que “se houver uma guerra, o resultado será uma situação em que todos perdem e ninguém ganha”.
(Com Reuters)
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