Setores do PP e PSD avaliam apoio a Prates, o que criaria porta de saída para Bruno mais à frente
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Aparentemente escanteado do lado de ACM Neto, depois que assumiu o que muitos chamam de aventura de deixar o DEM para se filiar ao PDT, o deputado estadual licenciado e secretário municipal de Saúde, Leonardo Prates, pode ganhar um up em sua pré-candidatura à Prefeitura de Salvador, pelo menos por enquanto.
Setores do PSD e PP, que têm como pré-candidatos, respectivamente, o senador Angelo Coronel e o deputado estadual Niltinho, passaram a avaliar uma aproximação com o aliado do prefeito de Salvador pensando numa eventual composição para a sucessão municipal.
Pelas projeções feitas até agora, um dos cenários pensados implicaria na decisão de Coronel e Niltinho de abrirem mão de suas pré-candidaturas para apoiar Prates que, em contrapartida, incorporaria um candidato a vice indicado por ambos.
O nome cogitado até o momento é o de Eleuza Coronel, mulher do senador, que, segundo pesquisas internas da pré-campanha dele, tem despontado com um nível de musculatura, também segundo avaliações do grupo, capaz de robustecer, principalmente na área social, a postulação de quem apoiar.
A operação, que ainda deve ser colocada sob análise direta dos pré-candidatos do PSD e do PP, teria entre seus entusiastas o deputado estadual Cacá Leão, filho do vice-governador João Leão, que tem trânsito livre também do lado do prefeito ACM Neto e é identificado, tanto na situação quanto na oposição, como amigo pessoal de Prates.
Em conversas com deputados em Brasília, Cacá não nega que considera a composição politicamente viável, pontuando que não traria dificuldades de relacionamento com o governador Rui Costa (PT), porque o próprio PDT a que Prates se filiou pertence à base política do petista.
Ele admite, no entanto, que, para ser efetivada com sucesso, no entanto, teria que contar com o aval dos pré-candidatos Niltinho e Coronel, que passaram a se movimentar tanto politicamente quanto entre lideranças populares desde que foram escolhidos como representantes de suas respectivas legendas à sucessão.
Para os defensores da operação, a possibilidade de, no limite da campanha, Prates renunciar à própria candidatura para apoiar o pré-candidato do DEM, Bruno Reis, de quem sonha ser candidato a vice, estaria longe de representar um problema.
Pelo contrário, como diz um parlamentar do bloco, se acontecer, o entendimento se constituiria numa oportunidade de “ouro” para a construção de uma porta de saída, na sucessão municipal, para o PSD e PP, que teriam justificativa para também apoiar, neste momento, o candidato do prefeito ACM Neto.
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