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Em Pequim, Trump pressiona China a agir mais rápido sobre Coreia do Norte

Presidente americano diz que reformulará laços comerciais com nação asiática

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Presidente dos EUA, Donald Trump, acena ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, durante entrevista coletiva em Pequim - Andy Wong / AP
PEQUIM — Em sua visita a Pequim, o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou a China a agir mais rápido e efetivamente contra a ameaça nuclear da Coreia do Norte. Embora tenha usado tom mais ameno e até elogioso ao seu homólogo chinês, o presidente Xi Jinping, o chefe da Casa Branca reforçou o seu papel-chave para intermediar a crise, que provoca alerta mundial. O presidente foi recebido com grande esplendor e suntuosidade na terceira parada da sua visita pela Ásia, que é um dos pontos altos e mais delicados da viagem.
O presidente americano falou no Grande Salão do Povo, o edifício parlamentar de Pequim e coração do governo chinês, ao lado de Xi, a quem chamou de "um anfitrião caloroso e gracioso". Trump também elogiou os esforços do presidente chinês na crise com a Coreia do Norte, mas não sem investir no tom de pressão sobre o seu homólogo, pedindo que as ações do país asiático sejam mais rápidas.
— O tempo está acabando. Devemos agir rápido e, esperançosamente, a China agirá mais rápido e mais efetivamente neste problema do que qualquer outro — disse Trump. — A China pode consertar este problema facilmente e rapidamente. Eu sei uma coisa sobre o seu presidente: se ele trabalha de verdade numa coisa, vai acontecer. Não há dúvida sobre isso.
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Após uma reunião de trabalho com Xi, o presidente americano disse que o encontro foi excelente no debate sobre a Coreia do Norte. Disse estar convencido de que existe uma solução, mas não especificou mais detalhes. Especula-se que Trump tenha pressionado a China a restringir seu comércio com a sua nação aliada, cuja economia depende dos laços com o governo chinês. Embora a China tenha aprovado as últimas sanções da ONU contra a Coreia do Norte e prometido efetivamente aplicar-las, os EUA pede que suas autoridades façam mais para asfixiar economicamente o regime de Kim Jong-un.
Logo antes de viajar à China, Trump havia lançado uma nova advertência ao líder supremo norte-coreano, num momento de altas tensões por conta dos repetidos testes nucleares realizados pelo seu regime:
— Não nos subestimem, não nos testem — disse o presidente em discurso na frente do Parlamento de Seul, sua segunda parada da viagem pela Ásia, após ter visitado Tóquio.
NACIONALISMO ECONÔMICO
No seu pronunciamento de oito minutos, Trump também repetiu seu discurso nacionalista para a economia, em que acusa a China de se aproveitar da sua relação com os EUA. Segundo o presidente, as trocas comerciais entre os dois países são desequilibradas e custam ao seu país cerca de US$300 bilhões por ano.
— Infelizmente, é uma relação muito unilateral e injusta. Mas eu não culpo a China. Afinal, quem pode culpar um país por tirar vantagem de outro pelo benefícios dos seus próprios cidadãos. Dou crédito à China — disse. — Mas, na verdade, eu culpo os últimos governos por permitirem este déficit fora de controle acontecesse e crescesse. Temos que consertar isso porque simplesmente não funciona. Não é sustentável.
No entanto, o chefe da Casa Branca também anunciou a assinatura de cerca de US$ 250 bilhões em acordos comerciais entre empresas americanas e chinesas. Xi disse que a economia chinesa se tornará cada vez mais aberta e transparente para empresas estrangeiras, incluindo aquelas dos Estados Unidos.

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