Pular para o conteúdo principal

bolsa cair, Temer diz que se empenha para mudar Previdência

‘Toda minha energia’ está voltada a isso, diz presidente em vídeo postado logo após mercado mostrar pessimismo com capacidade do governo de aprovar mudanças


Pouco depois de a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ter fechado em queda – abaixo dos 73 mil pontos pela primeira vez em dois meses -, principalmente em razão do receio de que o governo não conseguirá aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) reagiu e disse que está usando “toda a sua energia” para tentar encaminhar a aprovação das mudanças.
“Eu quero transmitir a ideia de que toda a minha energia está voltada para concluir a reforma da Previdência”, disse o presidente em vídeo postado em suas contas nas redes sociais. Ele lembrou que se reuniu na segunda-feira e nesta terça com líderes do governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para tratar do assunto. “E verifiquei neles a disposição de produzir uma reforma previdenciária para o nosso país.”
PUBLICIDADE
A fala de Temer foi uma tentativa de consertar os estragos provocados por outras declarações suas, feitas na segunda-feira, quando minimizou a importância de a reforma não ser aprovada. “A reforma não é minha, não é pessoal, e a essa altura é do governo, mas compartilhada. Se, em um dado momento, a sociedade não quer, a mídia não quer e a combate, e naturalmente o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela, porque sei da importância da reforma da Previdência”, disse.
No vídeo de hoje, Temer pede aos brasileiros que ajudem a divulgar a importância das mudanças previdenciárias. “Converse com seus amigos, no seu trabalho, na sua casa, na sua atividade, onde você estiver e mostre a todos que a reforma da Previdência é fundamental para o nosso país”, disse.


https://platform.twitter.com/widgets.js

O pessimismo gerado pelas declarações de Temer na segunda-feira provocou uma correria de líderes políticos no sentido de minimizar o seu efeito. Rodrigo Maia defendeu que o presidente seja firme junto aos parlamentares sobre a necessidade de aprovar o projeto, mas disse que não estava otimista com a sua aprovação, “porque o tema é polêmico”, mas “necessário para evitar o aumento da dívida pública”.
“O presidente deve chamar seus líderes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma conversa de forma bem tranquila, mostrando qual é o impacto da não realização da [reforma da] Previdência já em 2018. A despesa da Previdência está crescendo 50 bilhões, 60 bilhões de reais por ano, e isso vai tornar o Brasil inviável em pouco tempo. Nós vamos caminhar para uma relação dívida-PIB bruto insustentável”, afirmou.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também publicou vídeo nas redes sociais dizendo que o governo está empenhado junto aos seus aliados na Câmara e no Senado para aprovar a reforma. “Nós necessitamos indubitavelmente da reforma da Previdência. Não podemos entrar em 2019 sem que ela seja aprovada”, afirmou.
A reforma está paralisada desde 29 de junho, quando a Câmara recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) a primeira denúncia contra Temer com base na delação premiada da JBS, pelo crime de corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação contribuiu para dispersar o apoio dos partidos da base aliada à proposta de mudanças previdenciárias.
Maia sinalizou que apoia o avanço da proposta de forma reduzida, por meio de projeto de lei ou outra proposição que necessite de menos votos. Por se tratar de uma emenda constitucional, a proposta atual precisa de pelo menos 308 votos entre os 513 deputados para ser aprovada. A votação deve ocorrer em dois turnos.

Queda

O esforço do ministro e do presidente da Câmara não adiantou. O Ibovespa caiu 2,55% e foi a 72.414 pontos, menor patamar de fechamento desde 5 de setembro (72.150 pontos).
Os receios de que a reforma não avance voltaram a crescer após a reunião da véspera de Temer com líderes da base aliada na Câmara, na qual o presidente reconheceu a possibilidade de derrota na apreciação do texto. Ao mesmo tempo, deixou a porta aberta para abrandamento adicional na proposta em direção a “um avanço que permita a quem vier depois fazer uma nova revisão”.
“De ontem para hoje deu a entender que o Congresso não vai ter número para votar e as agências de classificação já avisaram sobre o risco de rebaixamento sem essa reforma. Com isso, gera um estresse nos mercados”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.
Comentários
Deixe um comentário
  1. jose carlos capella
    Bandido, corrupto.
  2. Rothman Benther
    Velho desgraçado!
  3. Luiz Carlos Porto
    Quando é para piorar a vida do povo eles se empenham ao máximo na capital dos Ali-babás.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.