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Turquia declara estado de emergência por 3 meses

O líder turco afirmou que os cidadãos não devem se preocupar com ataques à democracia e direito e liberdades fundamentais

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, decretou nesta quarta-feira estado de emergência por três meses para combater “a ameaça à democracia” após a tentativa frustrada de golpe militar no país na última sexta-feira.
Em pronunciamento realizado na capital Ancara, o líder turco afirmou que os cidadãos não devem ter “a menor preocupação no que diz respeito à democracia, Estado de direito e direitos e liberdades fundamentais”. Segundo Erdogan, o estado de emergência visa proteger esses valores de ataques contra eles.
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Nos cinco dias que se seguiram à tentativa de golpe, na noite de sexta-feira, a Turquia já demitiu ou suspendeu cerca de 50.000 pessoas em uma campanha que atinge inclusive forças de segurança e instituições democráticas do país a fim de reprimir qualquer tipo de dissidência. Professores, jornalistas, policiais e juízes estão na mira das autoridades. Cerca de 9.400 prisões já foram efetuadas, a maioria de militares.

Wikileaks

A agência reguladora de telecomunicações da Turquia anunciou o bloqueio do site WikiLeaks, horas depois de a página divulgar quase 300.000 e-mails do partido governista. O site afirmou que estava levando a público os documentos, que podem conter materiais que prejudiquem o governo de Erdogan, antes do planejado “em resposta aos expurgos pós-golpe”. A fonte dos e-mails não está ligada aos mentores do golpe nem a um partido ou Estado rival, disse o site

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