Merkel defende política de refugiados após atentados
A chanceler alemã afirmou ainda que seu país está em "guerra" contra o EI, mas não está "em nenhuma guerra contra o islã"
“Os terroristas querem minar nosso senso de comunidade, nossa receptividade e nossa vontade de ajudar as pessoas necessitadas. Nós não aceitaremos isso”, disse.
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Ambos os ataques foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI). A líder alemã afirmou ainda que a Alemanha está em “guerra” contra o EI, mas não está “em nenhuma guerra contra o islã”.
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A chanceler reconheceu que os ataques demonstram que o jihadismo chegou à Alemanha, mas reiterou que os culpados não são os refugiados. Segundo ela, essas pessoas são diferentes de todos os outros que vieram ao país fugindo da perseguição e da guerra. A intenção dos jihadistas, de acordo com a chanceler, é atacar um estilo de vida e uma sociedade aberta, colocar à prova toda a unidade e quebrar o desejo de amparo.
Merkel apresentou um plano de medidas com várias das iniciativas já implementadas ou anunciadas para, por exemplo, melhorar o registro dos refugiados, agilizar as expulsões daqueles que não tenham direito a asilo ou que sejam criminosos, e possibilitar a intervenção do Exército em caso de alerta terrorista grave.
A chanceler lembrou, no entanto, que é preciso colaboração dos parceiros europeus para lidar com o problema e admitiu sua decepção com a “pouca disposição” de alguns países em compartilhar as responsabilidades diante da crise dos refugiados.
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Após a lamentar a “insegurança generalizada” que foi provocada pelos atentados realizados por refugiados, Merkel ressaltou que a responsabilidade do governo é restaurar a confiança do cidadão e garantiu que fará todo o possível para reforçar a segurança.
Os políticos, destacou, não podem atuar sob medo e devem zelar pelo artigo 1 da Constituição da Alemanha, que garante que a dignidade humana é inviolável, e que respeitá-la e protegê-la é obrigação de todo o poder público do país.
Merkel afirmou que a Alemanha está em “guerra” contra o EI, mas não está “em nenhuma guerra contra o islã”. E descartou ampliar a colaboração do país à coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que luta contra o grupo jihadista na Síria e no Iraque.
(Com EFE)
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