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Reunião da cúpula petista baiana com o ex-presidente Lula em São Paulo

Encontro com Lula sela nome de Denice, que pode ter Olívia, Bacelar ou Isidório como vice

EXCLUSIVAS
A reunião da cúpula petista baiana com o ex-presidente Lula em São Paulo ontem selou a decisão do governador Rui Costa (PT) de apresentar a candidatura da major Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar, à Prefeitura de Salvador pelo seu partido, ao qual ela ainda terá que se filiar.
A meta agora é tentar convencer os autênticos pré-candidatos petistas Vilma Reis, Fabya Reis e Juca Ferreira – Robinson Almeida já havia sido descartado no momento em que foi excluído de referências por Lula em entrevista na semana passada -, a se retirarem da disputa em favor da policial.
A cúpula do PT que acompanhou Rui na visita ao ex-presidente acredita que, resolvendo a disputa interna sem prévias, ficaria mais rápido inserir a major na corrida sucessória e mais fácil atrair nomes para a sua vice, cargo para o qual estão pensados hoje os deputados Pastor Isidório, Bacelar e Olívia Santana.
Os três parlamentares são pré-candidatos no campo do governador – o primeiro pelo Avante, o segundo pelo Podemos e Olívia, pelo PCdoB. A cúpula já teria sentido sinais de que tanto Fabya, que originalmente se preparou para concorrer em Itamaraju, quanto Juca seriam mais fáceis de deslocar da disputa no PT.
O problema residiria em Vilma Reis, que oporia resistência a se retirar de cena por estar distante da direção partidária e do governo, forçando a que, como disse um petista, seja atropelada pelo partido em Salvador com o apoio do governador para que a legenda se articule integralmente em torno de Denice.
O virtual “empoderamento” de Denice por Rui não implicaria na retirada das demais candidaturas que orbitam em torno do governo, mas é considerado essencial para que leve à desistência de alguns nomes e provoque fusões que resultem em no máximo três candidaturas no campo do governo.
Elas seriam representadas por nomes como o da própria Denice, pelo PT, o do senador Angelo Coronel, do PSD, e o de Bacelar ou o de Isidório, dependendo de quem aceite a vice da virtual futura representante petista. O governo acredita ainda que poderia agregar à eventual chapa do PT com o PCdoB o PSB da deputada federal Lídice da Mata, reeditando bloco político histórico na Bahia.
O caso de Olívia, que firmou sua pré-candidatura ao se tornar a única parlamentar governista a votar na Assembleia Legislativa contra o projeto do governo que liberou a venda do colégio-modelo Odorico Tavares, é tratado dentro de uma expectativa muito concreta de que ela ceda a apelos e vire vice de Denice.
Por enquanto, uma das tarefas do grupo mais próximo do governador é dar conforto à transição da militar para a seara política principalmente diante da insegurança que ela apresentou por causa das críticas que recebeu de setores do PT indignados especialmente com sua escolha em detrimento de Vilma, Fabya e da própria Olívia.
O presidente estadual do PT, Eden Valadares, que esteve presente ao encontro com Lula, foi escalado para dar suporte a este novo momento vivido pela major, enquanto ao dirigente municipal, Ademário Costa, foi delegada a tarefa de resolver “no amor” os conflitos internos do PT provocados pela escolha de Denice por Rui.
Eles ainda contam com a eventualidade de um engajamento de Lula na campanha em Salvador. O líder petista teria ficado especialmente aceso com a idéia de se dedicar à capital nordestina depois que lhe mostraram as críticas que teria recebido do prefeito ACM Neto (DEM) de que não faria diferença política na disputa.
De acordo com um petista, as declarações do democrata, que lançou o vice, Bruno Reis (DEM), candidato à própria sucessão, acabaram reforçando a idéia de Lula participar da campanha em Salvador, surgida desde que apareceram rumores de que ele estaria planejando fixar residência na capital baiana.

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