Pular para o conteúdo principal
Estadão
Luiz Estevão

Ex-senador Luiz Estevão compra residência oficial onde moraram Dilma e Dirceu

BRASIL
Vendida pelo governo Jair Bolsonaro por R$ 10,8 milhões, a antiga residência oficial da Casa Civil, na Península dos Ministros, foi arrematada por uma das mais novas empresas de propriedade da família do ex-senador Luiz Estevão (PRTB), a Bricco Construções e Participações.
A casa em área nobre de Brasília teve como moradora mais ilustre a presidente cassada Dilma Rousseff (PT), no período em que ela foi titular do ministério mais poderoso da Esplanada no governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2005 e 2010. Também viveram ali nomes como o ex-ministro petista José Dirceu – condenado no processo do mensalão, ele cumpriu pena no Complexo Penitenciário da Papuda com Estevão. Mais recentemente, Moreira Franco (MDB) foi o último ministro a viver na residência da Casa Civil, até o fim do governo Michel Temer, de 2017 a 2018. O emedebista, porém, ocupou as pastas de Minas e Energia e da Secretaria-Geral da Presidência.
Filha do senador, a empresária Luiza Meireles Estevão de Oliveira, de 23 anos, é a presidente da Bricco Construções e Participações, empresa aberta no ano passado. O irmão Luiz Eduardo Estevão de Oliveira, de 25 anos, é diretor. Luiza foi pessoalmente à sessão pública da concorrência e apresentou a proposta com maior ágio, de 70%, sobre o valor mínimo estipulado pelo governo, R$ 6,3 milhões. Procurados, os filhos do ex-senador não foram localizados pela reportagem.
Atualmente, Luiz Estevão cumpre pena em regime semiaberto por ter sido condenado a 26 anos de prisão no escândalo de corrupção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Desde o ano passado, o ex-parlamentar dá expediente numa imobiliária no Setor Hoteleiro Sul durante o dia, mas retorna ao Centro de Detenção Provisória da Papuda à noite. No ano que vem, a partir de novembro, terá direito a cumprir pena em regime aberto.
A família Estevão é dona do Grupo Ok, que tem o time profissional Brasiliense Futebol Clube, a rádio OK FM, atual Metrópoles, e um site de notícias locais de Brasília, o Metrópoles, além de uma série de empresas de construção e administração de imóveis. Parte das empresas, inclusive a Bricco, tem sede vizinha ao imóvel da Casa Civil, na QL 12, a antiga Península dos Ministros, que ainda abriga residências oficiais de militares, embaixadores e dos presidentes da Câmara e do Senado.
A tentativa do governo de vender um outro imóvel foi barrada ontem pela Justiça. Um terreno de 65 mil metros quadrados no Octogonal, bairro residencial da capital federal, foi colocado em concorrência pela Secretaria de Patrimônio da União por R$ 252 milhões, conforme avaliação feita em novembro do ano passado.
Ocorre que, no fim de setembro, pouco mais de um mês antes, o Banco Central doara o mesmo terreno à União com valor estimado para fins fiscais em R$ 435 milhões. O BC comprou o terreno na década de 1970.
O juiz federal Eduardo Santos da Rocha Penteado, da 13.ª Vara Cível do Distrito Federal, considerou o valor estipulado no leilão subavaliado e suspendeu cautelarmente a venda. Segundo ele, o dano ao erário poderia chegar a R$ 183 milhões, valor equivalente ao deságio.
O Ministério da Economia disse que a concorrência deixou de ser realizada “em cumprimento a decisão judicial”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p