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Santos Cruz

Dos ministros ao 2º escalão: confira quem já foi demitido no governo Bolsonaro

BRASIL
Em um ano de governo, o presidente Jair Bolsonaro demitiu três ministros, ao menos 16 presidentes de órgãos federais, e dezenas de secretários e diretores no segundo escalão do governo. Até agosto do ano passado, já eram mais de 30 exonerados – o que signifcava média de uma demissão a cada sete dias.
As baixas mais recentes são as do presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Renato Vieira, e do secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini. Na condição de ministro interino, Santini perdeu o cargo após Bolsonaro avaliar que uma decisão de viajar à Índia em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi “completamente imoral” e “inadmissível”.
Em meio à dificuldade do INSS em reduzir as filas de espera por benefícios do órgão, Vieira teria sido exonerado por iniciativa própria.
Ao longo do ano, os motivos para exonerações no governo passaram por divergências sobre medidas econômicas, conflitos internos, declarações desastrosas e pressão popular. Confira abaixo as demissões que ganharam maior repercussão:
Em agosto, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos principais nomes nas Forças Armadas, foi exonerado após atrito com a ala olavista do governo. Ele já era o terceiro nome a chefiar a Secretaria-Geral da Presidência.
Nesta terça, 28, mais de quatro meses após a demissão do general, a Polícia Federal concluiu são falsas as mensagens de WhatsApp que motivaram uma discussão entre Bolsonaro e Santos Cruz, e culminaram na sua saída do governo.
Há cerca de dez dias, Bolsonaro demitiu o então secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, por copiar trechos de discurso nazista em vídeo transmitido nas redes oficiais do governo. Inicialmente, o presidente comunicou que o deixaria na função, mas recuou poucas horas depois por causa da reação negativa de diferente alas do governo e de alguns de seus principais apoiadores. Por fim, Bolsonaro afirmou que a situação de Alvim se tornou “insustentável”.
Em setembro do ano passado, o presidente decidiu demitir o então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, porque considerou que a discussão sobre a criação de um imposto nos moldes da CPMF se tornou “pública demais”. Embora tivesse apoio da equipe econômica, o assunto gerou polêmica e não agradou os seus apoiadores.
Nos três primeiros meses de seu governo, Bolsonaro demitiu três de seus ministros. O primeiro foi o advogado Gustavo Bebbiano, da Secretaria Geral, que foi exonerado com 48 dias de mandato, após se desentender com Carlos Bolsonaro e ter seu nome associado à denúncia de candidaturas de laranjas do PSL durante as eleições 2018. Ele foi substituído pelo general Floriano Peixoto, do Exército Brasileiro.
Em abril, foi demitido o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, indicado pelo filósofo Olavo de Carvalho para chefiar o ministério da Educação. Ele deixou o cargo em meio a declarações polêmicas e boicotes.
A discordância em relação à divulgação de dados também motivou a demissão de Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Certas coisas eu não peço, mando”, afirmou Bolsonaro, após ter confirmado que pediu a demissão de Galvão por ele ter liberado informações sobre o aumento do desmatamento da Amazônia em 2019.
Em junho do ano passado, Bolsonaro também influenciou na mudança de comando de uma empresa estatal. Na época, ele disse que o então presidente do BNDES, Joaquim Levy, estava com “a cabeça a prêmio” durante conversa com jornalistas. No dia seguinte, Levy pediu demissão do cargo.

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