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Foto: Reprodução
Torre Pituba

Auditoria da Petros diz que Prefeitura de Salvador pode ter direcionado licitação em obra investigada pela Lava-Jato

SALVADOR
Um relatório de auditoria do fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, a Petros, apronta suspeita de que a Prefeitura de Salvador favoreceu indevidamente uma empresa contratada por R$ 34 milhões para participar das obras associadas à construção do edifício Torre Pituba, sede da empresa na capital baiana. O documento está com a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.
Conforme reportagem do jornal O Globo, há indícios de que a prefeitura direcionou para a Petros a contratação de uma empresa ligada a um amigo do prefeito ACM Neto (DEM). Como condição para liberar a licença para ampliação da obra, o Executivo municipal solicitou à Petros a assinatura de um termo de acordo e compromisso com a exigência da construção de algumas contrapartidas, como uma praça, passarelas e projetos de trânsito.
A própria prefeitura encaminhou à Petros a sugestão de quatro empresas de engenharia para realizar essas contrapartidas, sendo que construtora BSM obteve um contrato de R$ 34 milhões. O dono da empresa, Bernardo Cardoso Araújo, é primo de Lucas Cardoso, amigo de ACM Neto.
“Verificamos a existência de potencial direcionamento no processo da contratação das empresas responsáveis pelo gerenciamento e construção no âmbito das obras do TAC. Conforme as análises conduzidas, verificamos que a relação de 4 (quatro) empresas participantes do trâmite licitatório foi encaminhada para a Petros pela Secretaria do Município do Salvador, não cabendo à Petros realizar a busca e escolha das empresas”, diz a auditoria.
Em nota, a assessoria de ACM Neto confirmou que ele é amigo de Lucas Cardoso, mas negou ter feito direcionamento.”A Petros solicitou à prefeitura quais empresas haviam participado de licitações nos 12 meses anteriores à assinatura do TAC e que reunissem atestados em condições de executar os serviços acima referidos. A Secretaria Municipal de Manutenção, então, enviou uma lista de empresas que participaram, à época, dos últimos certames no âmbito municipal dentro das especificações solicitadas”, diz a assessoria da prefeitura.
Ainda de acordo com a nota, não houve participação de ACM Neto nas negociações entre a Petros e a prefeitura, apesar do prefeito ter assinado o TAC. “A participação do prefeito ACM Neto se resumiu às assinaturas do TAC e da ordem de serviço e a inauguração das obras”, afirma.

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