Investigação envolvendo Temer esbarra em delegado aposentado com fortuna na Suíça
Miguel Oliveira trocou mensagens com o Coronel Lima, amigo do presidente
Em um dos relatórios da Operação Patmos, deflagrada após as delações do grupo J&F, a Polícia Federal analisou o conteúdo do telefone do coronel aposentado da PM João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e conhecido como Coronel Lima. Chamou a atenção uma troca de mensagem via whatsapp com uma pessoa de nome "Miguel de Oliveira", datada de 30 de abril de 2017, às 10h22: "Recebeu pouco. Nas minhas contas deveria ter recebido 120 mil. Estão 'garfando' o coitado". Segundo a polícia, o diálogo tratava de um pagamento feito a alguém que foi enganado pois o valor pago deveria ser maior. Quando preparou o relatório (trecho abaixo), porém, a polícia não havia desvendado o interlocutor: "O referido Miguel de Oliveira não foi identificado pelos meios utilizados nesta análise".
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A reportagem localizou o ex-delegado da Polícia Civil paulista. Oliveira afirmou que não poderia falar e pediu que o repórter o procurasse mais tarde, sem dizer quando poderia receber a ligação. Desligou a chamada abruptamente.
A PF frisou no inquérito que o Coronel Lima será questionado sobre o diálogo quando for interrogado. Desde o ano passado, a polícia coleciona tentativas frustradas de ouvir o amigo de Temer. A defesa do Coronel Lima alega motivo de saúde para não comparecer. Os advogados pediram para que ele fosse questionado por escrito. A PF negou.
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