Pular para o conteúdo principal


Ministério Público e Judiciário fazem ‘guerra’ a Temer, diz Marun

Articulador político do governo critica inclusão do presidente em inquérito sobre portos, a quebra de seu sigilo bancário e o veto à nomeação de ministra

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, voltou, nesta segunda-feira, a criticar setores do Judiciário e do Ministério Público que, na sua avaliação, estariam perseguindo a classe política brasileira, em especial o presidente Michel Temer. Articulador político do governo, ele citou como exemplos a decisão de barrar a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, a de incluir o presidente em um inquérito que investiga fatos anteriores ao seu mandato e, ainda, quebrar o seu sigilo bancário.
A investigação que levou à quebra de sigilo bancário do presidente apura se Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP), na edição de uma Medida Provisória em maio de 2017. A apuração mira possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
“Faço um alerta à guerra que esses setores levam (contra Temer)“, declarou Marun na abertura do 1º Congresso Nacional de Municípios, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). “Esse Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar. Esse inquérito é perda de dinheiro público, essa é a realidade”, criticou.
Marun disse ainda que Temer não tem medo da quebra de sigilo bancário e que vai abrir seus dados para a imprensa. “Será que os que batem bumbo por isso têm coragem de fazer o mesmo?”, questionou.
Na edição desta semana de VEJA, Fernando Segovia, ex-diretor geral da Polícia Federal, também criticou as investigações contra Temer. Para ele, o Ministério Público Federal já teria denunciado o emedebista se houvesse provas. ”Não estou adiantando a conclusão. É uma coisa fáctica. Se tivesse prova, já teria denúncia”, disse. 
STF
Mais tarde, quando questionado a quem se referia em seu discurso, Marun disse apenas que “para bom entendedor, meia palavra basta”. “Foi você quem determinou a quebra do sigilo bancário do presidente em evidente vilipêndio de seus direitos individuais desde 2013? Quem foi? Foi essa pessoa que ultrapassa seus deveres constitucionais de ser guardião da Constituição e passa a ser um inventor da Constituição.” O responsável foi o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Sobre a ministra Cármen Lúcia, responsável por suspender a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, Marun disse considerar que ela não faz parte desses setores que fazem guerra a Temer, mas que errou nesse caso. “Nesse aspecto, ela errou. A partir do momento em que ela entendeu que o STJ não tinha a prerrogativa de julgar (o caso), deveria ter ao menos suspendido os efeitos da liminar daquele juiz de primeira instância”, disse.
Marun disse ainda desconhecer o teor da conversa entre Cármen Lúcia e Temer no fim de semana o presidente foi visitar a ministra em sua casa e que o encontro foi normal. “Não vejo nada de excepcional que presidentes de poderes dialoguem no âmbito do necessário respeito e harmonia que deve existir entre os poderes”, afirmou.
(Com Estadão Conteúdo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p