Pular para o conteúdo principal

 Derrotado, Haddad fala em liderar oposição

/ Estadão
Em discurso após contagem de votos, petista diz que tem ‘tarefa’ de defender ‘liberdades’
Derrotado no segundo turno por Jair Bolsonaro (PSL), mas detentor de 47 milhões de votos em sua primeira eleição presidencial, o petista Fernando Haddad se colocou como líder da oposição em seu discurso depois do resultado eleitoral. “Temos uma tarefa enorme no País que é, em nome da democracia, defender o pensamento e as liberdades destes 45 milhões de brasileiros. Temos a responsabilidade de fazer uma oposição colocando os interesse nacionais acima de tudo”, disse Haddad, em pronunciamento feito no início da noite de ontem em hotel de São Paulo, antes da divulgação dos resultados finais – que o colocaram com 44,86% dos votos válidos. O candidato do PT não chegou a fazer uma autocrítica em relação a erros do partido, mas admitiu que, para voltar a “sensibilizar mentes e corações”, vai ter de se reconectar com as bases que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e, ontem, escolheram Bolsonaro. “Temos de fazer uma profissão de fé de que vamos continuar nossa caminhada conversando com as pessoas, nos reconectando com as bases, com os pobres deste País”, afirmou. Na sequência, lembrou que dentro de quatro anos “teremos novas eleições”. “Daqui a quatro anos teremos uma nova eleição. Temos de garantir as instituições. Não vamos sair dos nossos ofícios, mas não vamos deixar de exercer nossa cidadania”, disse ele. Acompanhado da mulher, Ana Estela, dos filhos, mãe, a vice na sua chapa, Manuela D’Avila, e dezenas de apoiadores, Haddad se colocou como defensor de direitos civis, trabalhistas políticos e sociais que, segundo ele, estariam ameaçados com a vitória de Bolsonaro. “Nós temos uma nação e precisamos defendê-la daqueles que, de forma desrespeitosa, pretendem usurpar o nosso patrimônio, enganando a democracia não só do ponto de vista formal”, afirmou. Ao final do discurso de aproximadamente 10 minutos, Haddad exortou seus apoiadores a se unirem na “resistência” às mudanças prometidas pelo presidente eleito. Também emulou o Hino Nacional, ao dizer que se coloca à disposição dos eleitores no próximo período. “Verás que um professor não foge à luta nem teme quem adora a liberdade à propria morte. Nós temos um compromisso de vida com este País.”
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...