Um incêndio florestal de grandes proporções causou a morte de pelo menos 61 pessoas e deixou mais de 50 feridos na região central de Portugal. A vila mais atingida foi Pedrógão Grande, distrito de Leiria. Parte das vítimas morreu carbonizada dentro de seus carros em estradas que foram tomadas pelo fogo. O número de mortes foi atualizado na manhã deste domingo pelo secretário de Estado de Administração Interna do governo português, João Gomes, segundo o jornal português Público.
Informações preliminares indicam que o incêndio teria começado após a queda de um raio em uma árvore seca. As chamas, então, se espalharam “por ventos descontrolados”, transformando-se num “evento impossível de controlar”, segundo o secretário. Neste fim de semana, os termômetros registraram temperaturas acima de 40 graus em diversas regiões de Portugal. O primeiro-ministro português, Antonio Costa, classificou o incidente como “pior tragédia que vimos nos últimos anos em incêndios florestais “.
Mais de 1.600 homens, 495 veículos, e 15 aeronaves foram mobilizados para conter o fogo. As equipes, no entanto, tiveram dificuldades de se aproximar da região porque as labaredas eram intensas. O incêndio teria começado por volta das 15 horas deste sábado (11 horas em Brasília) — ou seja, a operação de combate às chamas já dura mais de 24 horas. Centenas de pessoas tiveram que abandonar as suas casas. O governo português decretou três dias de luto pelo desastre.
Como a maioria dos países da Europa meridional, Portugal é propenso a eventos dessa natureza nos meses secos do verão. “É uma região que já teve incêndios pelas suas florestas, mas não lembramos de uma tragédia dessas proporções”, disse o prefeito de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. “Estou completamente assombrado pelo número de mortes”.
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