Pular para o conteúdo principal

França é palco de manifestações às vésperas da eleição

Os sindicatos de trabalhadores não se uniram contra Marine Le Pen, como fizeram em 2002 para barrar a candidatura de Jean Marie, pai de Marine

A seis dias do segundo turno das eleições presidenciais na França, o centrista Emmanuel Macron e sua rival da direita nacionalista, Marine Le Pen, fizeram comícios em um feriado marcado por manifestações contra os dois candidatos. A polícia entrou em confronto com manifestantes e três policiais ficaram feridos.
Em discurso, Marine Le Pen convocou os franceses a “bloquear as finanças, a arrogância, o rei dinheiro”, acusando seu rival de ser “o candidato do sistema” por ter trabalhado no setor bancário e como ministro do presidente socialista François Hollande.
Antes desse comício, autoridades de seu partido, a Frente Nacional, depositaram flores ao pé de uma estátua de Joana d’Arc em Paris, homenageada por “seu amor à nação” em cada 1º de maio pela legenda.
Enquanto isso, Emmanuel Macron inaugurava uma placa em memória de um jovem marroquino assassinado em Paris por militantes próximos à ultradireita em 1995 à margem de uma concentração política de Jean-Marie Le Pen, pai da candidata da extrema direita e que fundou a Frente Nacional em 1972.

Sindicatos e eleitores divididos

A margem de diferença entre os dois candidatos diminui. As pesquisas apontam que Macron tem 59% das intenções de voto, contra 41% para Le Pen.
Por todo o país, várias dezenas de milhares de pessoas se manifestaram contra Marine Le Pen, mas também contra o liberalismo de Emmanuel Macron.
Os sindicatos também estão divididos: de um lado, a CFDT e Unsa, ligados ao patronato, defendem o voto pró-Macron e anti-Le Pen, e manifestam-se para “rejeitar a visão reacionária da Frente Nacional e suas ideias contra a imigração e a Europa”. Outras três organizações de esquerda (CGT, Solidários e FSU), pedem uma “barreira” contra Le Pen, mas sem formalizar o pleito pelo voto em Macron.
A união sindical que se formou em 2002 contra o pai da candidata da Frente Nacional, o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, no segundo turno, não se repetiu desta vez. No dia 1º de maio de 2002, 1,3 milhão de pessoas saíram às ruas de Paris e de toda a França, convocadas pelos sindicatos, para “bloquear com o voto Jean-Marie Le Pen” que, com 18% dos votos, foi vencido por Jacques Chirac.
(Com AFP)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.