Coreia do Norte lança míssil balístico em novo desafio aos EUA
A Coreia do Norte disparou nesta segunda-feira pelo menos um míssil balístico de curto alcance, que atingiu o mar na costa leste do país. O artefato seria do tipo Scud e voou por cerca de 450 quilômetros, de acordo com autoridades sul-coreanas. A Coreia do Norte tem um grande estoque de mísseis de curto alcançado, desenvolvidos originalmente pela União Soviética. Esse lançamento configura mais uma etapa de testes da Coreia do Norte, cujo objetivo declarado é desenvolver um míssil balístico intercontinental, capaz de transportar uma ogiva nuclear até o território continental americano.
O lançamento desta segunda-feira ocorreu após dois testes bem-sucedidos de mísseis de médio e longo alcance em duas semanas por parte do Norte. Os últimos lançamentos e a ameaça norte-coreana de realizar um novo teste nuclear provocou apelos a favor de sanções da ONU mais duras contra o país comunista, que vive praticamente isolado do mundo.
Divergências com a China
Pyongyang realizou dois testes nucleares e dezenas de lançamentos de mísseis este ano, apesar das importantes sanções econômicas impostas pelas Nações Unidas. Os dirigentes do G7 qualificaram no sábado passado os testes nucleares e de mísseis norte coreanos de uma “ameaça grave”, e mostraram-se dispostos a tomar medidas a respeito.
A China, principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, prefere estabelecer um diálogo diplomático com Pyongyang e não impor novas sanções. Os Estados Unidos indicaram que não descartam a possibilidade de negociações, mas exigem como condição o fim dos testes nucleares.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, assegura que o regime precisa de armas nucleares para se proteger da ameaça de uma invasão.
Arsenal de mísseis
O Conselho de Segurança da ONU adotou duas séries de sanções no ano passado para aumentar a pressão sobre Pyonyang e impedir que consiga os recursos necessários para desenvolver seus programas militares. No cruzamento de declarações, Trump advertiu que todas as opções estão na mesa no momento de abordar o programa norte-coreano, embora por enquanto Washington tenha se limitado a estabelecer sanções e pressão diplomática.
Pyongyang conta há tempos com mísseis capazes de atingir a Coreia do Sul com foguetes Scud com alcance de 500 km, e o Japão, com mísseis Rodong com alcance de 1.000 a 3.000 km. O Hwasong-12 testado anteriormente este ano tem alcance estimado em 4.500 km e pode em teoria atingir as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico. Pyongyang costuma fazer aos vizinhos do sul ameaças apocalípticas.
(Com agência Reuters e AFP)
O artefato seria do tipo Scud e voou por cerca de 450 quilômetros, de acordo com autoridades sul-coreanas
access_time 29 maio 2017, 07h32
O lançamento desta segunda-feira ocorreu após dois testes bem-sucedidos de mísseis de médio e longo alcance em duas semanas por parte do Norte. Os últimos lançamentos e a ameaça norte-coreana de realizar um novo teste nuclear provocou apelos a favor de sanções da ONU mais duras contra o país comunista, que vive praticamente isolado do mundo.
Divergências com a China
Pyongyang realizou dois testes nucleares e dezenas de lançamentos de mísseis este ano, apesar das importantes sanções econômicas impostas pelas Nações Unidas. Os dirigentes do G7 qualificaram no sábado passado os testes nucleares e de mísseis norte coreanos de uma “ameaça grave”, e mostraram-se dispostos a tomar medidas a respeito.
A China, principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, prefere estabelecer um diálogo diplomático com Pyongyang e não impor novas sanções. Os Estados Unidos indicaram que não descartam a possibilidade de negociações, mas exigem como condição o fim dos testes nucleares.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, assegura que o regime precisa de armas nucleares para se proteger da ameaça de uma invasão.
Arsenal de mísseis
O Conselho de Segurança da ONU adotou duas séries de sanções no ano passado para aumentar a pressão sobre Pyonyang e impedir que consiga os recursos necessários para desenvolver seus programas militares. No cruzamento de declarações, Trump advertiu que todas as opções estão na mesa no momento de abordar o programa norte-coreano, embora por enquanto Washington tenha se limitado a estabelecer sanções e pressão diplomática.
Pyongyang conta há tempos com mísseis capazes de atingir a Coreia do Sul com foguetes Scud com alcance de 500 km, e o Japão, com mísseis Rodong com alcance de 1.000 a 3.000 km. O Hwasong-12 testado anteriormente este ano tem alcance estimado em 4.500 km e pode em teoria atingir as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico. Pyongyang costuma fazer aos vizinhos do sul ameaças apocalípticas.
(Com agência Reuters e AFP)
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