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18 de junho de 2020 | 11:46

Dica sobre paradeiro de Queiroz estava em celular apreendido pelo MP do Rio

BRASIL
A dica sobre o paradeiro do ex-assessor do clã Bolsonaro Fabrício Queiroz, preso nesta manhã em Atibaia (SP), foi encontrada em mensagens de um celular apreendido no Rio de Janeiro pelo Ministério Público Estadual.
O trabalho de inteligência para localizar Queiroz foi todo feito a partir do Rio, segundo pessoas envolvidas na operação desta manhã de quinta (18).​
À Polícia Civil paulista coube a execução da prisão. Um helicóptero do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) também foi colocado à disposição para levar Queiroz do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, para Jacarepaguá, zona oeste do Rio.
Não está claro, contudo, quando o celular chegou às mãos do MP fluminense, que investiga o esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa local desde 2018.
Houve diversas operações correlatas ao caso Queiroz, como aquela que quase prendeu o miliciano Adriano da Nóbrega, que acabou morto ao ser localizado pela polícia da Bahia em fevereiro. Os celulares de Nóbrega, aliás, foram apreendidos em seu esconderijo.
Queiroz, segundo relatos disponíveis, estava havia cerca de um ano na casa do advogado de Jair Bolsonaro e de seu filho Flávio, Frederick Wassef. Em setembro, o defensor havia dito em entrevista à GloboNews que não sabia o paradeiro de seu cliente.
Não houve resistência por parte do ex-assessor, que conhece Bolsonaro desde 1984 e foi seu faz-tudo durante anos, até ser locado no gabinete do senador Flávio, então deputado estadual. Ele teve dois celulares e um pouco de dinheiro apreendidos.
Na polícia paulista, a ordem é tratar o caso com naturalidade de uma operação feita a pedido do MP de outro estado. Obviamente, o caso é altamente sensível do ponto de vista político.
A politização já começou entre aliados do presidente em Brasília, pelo simples fato de Queiroz estar escondido no estado governador por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e presidenciável para 2022.
Flávio foi ao Twitter para dizer que tudo se trata de uma perseguição política, mas não apontou o dedo para ninguém

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