Hamas não esclarece se mortos eram civis ou militantes do grupo
Hamas diz não "empurrar pessoas" para a morte; grupo islâmico teria considerado 50 civis palestinos mortos como seus membros
Por
Da Redação
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16 maio 2018, 15h35 - Publicado em 16 maio 2018, 15h24
Um dos comandantes do Hamas, Salah al Bardawee, rebateu nesta quarta-feira a acusação de Israel de que o grupo islâmico teria se utilizado de civis em seu próprio benefício. “Não se pode dizer que o Hamas recolha os frutos e empurre as pessoas para a morte quando 50 de seus membros morreram”, argumentou, em entrevista ao canal de televisão palestino Baladna.
Segundo o Hamas, o total de vítimas fatais das manifestações dos últimos dias chegou a 62. Essas pessoas foram mortas por soldados israelenses durante uma manifestação na fronteira de Gaza com Israel contra os 70 anos de independência do país vizinho, em 1948, que provocou o deslocamento de 750 mil palestinos.
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O próprio Hamas, entretanto, causou confusão ao designar 50 dos 62 palestinos mortos como seus membros. Enquanto al Bardawee fazia essa afirmação e agregava que os 12 restantes eram civis, o porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhoum, explicava que os 50 não eram militantes, mas tinham sido incorporados ao grupo depois de morrer. A adoção significa que o grupo islâmico, que controla politicamente a Faixa de Gaza, assumiu o custo de seus funerais e prometeu uma compensação econômica às suas famílias. Mas o Ministério do Interior, em Gaza, disse que dez dos seus membros morreram nos protestos e publicou suas fotos e nomes.
O tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz do exército israelense, repercutiu as declarações de Bardaweel no Twitter. Afirmou, no texto, que “um alto oficial do Hamas esclarece a verdade sobre quem morreu nos últimos distúrbios orquestrados pelo Hamas”. “Cinquenta dos 62 mártires eram do Hamas. Acreditem em sua palavra. Isto não foi um protesto pacífico”, acrescentou o militar.
O exército israelense afirmou em comunicado que pelo menos 24 dos mortos em Gaza eram “terroristas com antecedentes documentados de terror”. Em sua grande maioria, “membros ativos da organização terrorista Hamas, e alguns membros ativos da Jihad Islâmica”.
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