Deputados e vereadores mudam nome político após prisão de Lula
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Começou com uma manifestação dos petistas em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o último sábado (7), e em poucos dias as mudanças nos nomes nos painéis de votação também foram adotadas por adversários do presidenciável.
Nesta quarta-feira (11), o deputado Capitão Augusto (PR-SP) mudou o nome para "Capitão Augusto Bolsonaro", em homenagem ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Pré-candidato pelo PSL à Presidência, o parlamentar lidera as pesquisas de intenção de voto na ausência de Lula.
No Rio Grande do Sul, o vereador em Porto Alegre pelo partido Novo, por sua vez, resolveu homenagear à Operação Lava Jato.
A prisão de Lula foi determinada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação em 1ª instância. O ex-presidente foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
Desde o início da semana, petistas têm feito trocas de nomes em homenagem à principal liderança do partido. O líder da bancada na Câmara, deputado Paulo Pimenta, pediu a mudança na segunda-feira (9). Já a presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann, fez a alteração nesta terça-feira (10).
A troca também foi feita por vereadores do PT em São Paulo, como Antonio Donato e Alessandro Guedes.
A atitude dos parlamentares despertou um momento de nostalgia no Twitter.
Obstrução
Com o ex-presidente preso, petistas e aliados de partidos como PSol e PCdoB têm participado de manifestações contra a prisão de Lula. Na Câmara, a oposição resolveu fazer obstrução às votações e tem se alternado em discursos a favor do petista.
Nesta quarta-feira (11), a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou a realização de uma diligência na carceragem da Polícia Federal de Curitiba (PR), para verificar as instalações.
Aliados do ex-presidente têm criticado a dificuldade de comunicação. Governadores foram impedidos de visitar o petista. No despacho, a juíza federal substituta Carolina Moura Lebbos afirmou que não havia "fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal".
A Lei de Execução Penal prevê visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados. De acordo com a Polícia Federal, até 4 parentes de 1º e 2º graus podem fazer visitas às quartas-feiras, em um período pela manhã e outro à tarde.
Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), um dos integrantes da comitiva, a Justiça Federal descumpriu a Lei de Execução Penal. Ele classificou o impedimento da visita como arbitrário.
No dia anterior, Moro havia determinado que Lula não deveria ter nenhum "privilégio quanto a visitas, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal".
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