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Ayres Brito18 de janeiro de 2021 | 07:33

Impeachment é para quem dá as costas para Constituição, como Bolsonaro, diz ex-ministro do STF

BRASIL

Ao dar reiteradas amostras de que “tem o pé atrás” com a Carta Magna de 1988, o presidente Jair Bolsonaro se credenciou para o impeachment, uma sanção tão severa que “somente se aplica àquele presidente que adota como estilo um ódio governamental de ser, uma incompatibilidade com a Constituição”, diz Carlos Ayres Britto, 78, ex-ministro do STF.

“Respostas [para a crise sanitária] como ‘e daí?’ ou ‘não sou coveiro’ não sinalizam um caminhar na contramão da Constituição?”

Tudo do ponto de vista jurídico, porque cabe ao Congresso decidir o destino do chefe do Executivo, e é bom que seja assim, afirma.

Ministro do Supremo Tribunal Federal de 2003 a 2012, nomeado por Lula no primeiro ano de governo do petista, em 2016 ele disse à Folha que impeachment não é golpe. Comentava, então, a possibilidade de Dilma Rousseff ser destituída, o que acabou acontecendo naquele ano.

“Ortodoxamente quarentenado”, saindo apenas uma vez por mês, “de carro e máscara, só pra espairecer”, Britto espera a vacina contra a Covid-19 chegar. De casa, concede esta entrevista, em que sugere “menos incontinência verbal e mais continência à Constituição” para o Brasil.

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